Querido Erasmo.
Novamente, parabéns.
Após ler o seu trabalho, só tenho a dizer o seguinte:
"gostaria de ter escrito isso". parabéns.
Novamente, parabéns.
Após ler o seu trabalho, só tenho a dizer o seguinte:
"gostaria de ter escrito isso". parabéns.
Luiz Dalton Gomes
Meu querido e sempre presidente Luiz Dalton Gomes:
Obrigado
pelo excelente e-mail, que me faz tecer algumas considerações e suscita algum
exercício cultural.
Depois
de abrir cheio de curiosidade o seu p.p.s. ou e-mail e, ler esta espécie de
lúcidas recordações e comparações saudosistas, entendo perfeitamente bem o que
você quer dizer com: “Eu gostaria muito de ter escrito isso”! . . . Quem em sã
consciência e generosa ambição não o desejaria? É o seu claro sentimento de
ordenado sentido cívico, civilizado e civilizador, o seu espírito perceptivo e
educado dos valores em jogo, que fala cristalinamente mais alto, muito mais
alto que as visíveis tatuagens, exibidas por toda a parte, como símbolos de
elegância, na pele dos seres humanos de todas as idades que hoje compõem as
hostes dos metaleiros, dos esportistas, da quase totalidade dos jovens
estudantes, de felizarda ou menos felizarda origem, das meninas, das
senhoritas, das senhoras e senhores ditos de “respeitabilidade”, tatuagens
exibidas com orgulho, sorrisos e desfaçatez, sem qualquer sentido estético ou
mesmo ético. Raramente, para não dizer dificilmente, aparece algo de bom gostoi!
É apenas uma questão de direito seu, (deles) segundo os seus “destemperados”
usuários, de gosto pessoal. Gosto pessoal, que no entanto se generaliza, gostem
ou não gostem os circunstantes. Não importa que seja um óbvio e terrível “Mau
Gosto”, mas gosto afinal, que a sensação de “liberdade”’, prisioneira afinal
da falta de respeito e amor ao próprio corpo e em relação a outros gostos
circunstanciais, pondo em risco até, quem sabe, a saúde, supera qualquer sentido
estético civilizador. Historicamente, tivemos avanços culturais e científicos
enormes. Realmente a evolução enorme da medicina, da teorização sobre a
justiça social, sobre a compreensão histórica da evolução, na brilhante e
científica concepção de Darwin, sobre a história da sociologia política, a
dimensão da teoria da relatividade, etc. , sobre a influência importantíssima
das iluminações dos iluministas que nos iluminaram, depois dos séculos e séculos
de obscurantismo, a luz advinda do despertar sobre a absoluta ilógica do Poder
Absoluto e Divino dos reis, substituído pelo poder que emana agora do povo
através do voto, voto e poder que afinal , emerge de letrados e analfabetos e,
elege não representantes nem servidores mas senhores, que na realidade depois
de eleitos, se tornam verdadeiros e heráldicos monarcas. Assim, em lugar de
praticar ou fazer exercer , fortalecer, uma democracia-republicana , o poder
que emana do povo, na inconsciência dos valores em jogo, restaura na prática a
Monarchia, em que deputados, senadores e Presidentes, (que no caso já
assistimos, nem precisam ser alfabetizados ou pouco mais que isso) se tornam
absolutistas, ou quase isso, restaurando simbolicamente os costumes e a
hierarquia perdida dos Condes, Viscondes, Marqueses, e toda a corte poderosa dos
políticos oportunistas de antanho, bafejadores das benesses oriundas da mesa e
da mansão Real, com direitos superiores ao comum dos mortais. E aí, o
conceito da nossa pobre democracia-republicana fica prejudicado na realidade
prática dos poderes, pois os três em que se assentam legislativo, judiciário e
executivo, teoricamente, idealmente harmônicos entre si, de que nos fala ou
dita a Constituição, não têm praticamente expressão coerente e vital, na
vivência real diária da nação. Se isto não se torna vivamente claro e
consciente, entre o povo votante, de onde agora emana o poder, se a escola não
explica o básico daquilo que nos congrega ao abrigo das definições da Carta
Magna Pátria, fica impossível educar um povo que apenas sabe sobre o
imediatismo de seus quereres e gostos, sob a promessa de um hipotético
empreguinho, uma cachacinha no bar mais próximo, um pãozinho na padaria, como
meros exemplos, benesses simplórias ou mais sérias, prometidas por algum
hipotético candidato a Conde, que conquistado o galardão, logo esquece o seu
compromisso como SERVIDOR E REPRESRENTANTE do povo que o elegeu, sob a égide
sagrada do Poder que emana do seu seio. É lógico, mais do que lógico, é
inevitável que os que completam 50 ou mais anos, possuidores de bom senso e amor
próprio, queiram descer desse bonde estrambólico que dificilmente qualquer
competente motorneiro conseguirá parar. Esse motorneiro, além de competente,
precisará ter a noção transcendente, apropriada e polÍticamente iluminada,
INSPIRADA naquela mensagem de há dois mil e doze anos, na consciência adulta e
firme que se nos repita: “ Haveis ouvido que foi dito olho por olho e dente por
dente, mas um novo mandamento vos dou: Amai-vos uns aos outros” É desse amor,
genuíno, amplo e ativo, que nasce a esperança de que A EDUCAÇÃO, A EDUCAÇÃO A
EDUCAÇÃO, passe a ser e a ter prioridade fundamental na política, como dizia
no começo da república democrática na França Jules Michelet, historiador e
Professor da Sorbonne, lá pelos idos de 1798-1894. Hoje a França é um exemplo de
“democracia-republicana” e CULTURA !
Receba
querido amigo um forte abraço, desculpe o tempo que lhe tomei e, um muito
obrigado pelo seu e-mail motivador. Do
Erasmo Figueira Chaves