Posse do Presidente Benedito Cabral

A Academia Paulistana Maçônica de Letras realizou sessão solene de posse do Presidente Benedito Cabral, no dia 16 de julho, às 10 horas, na Avenida Paulista, 2001 - 13º andar, em São Paulo.
Almoço de Confraternização no Restaurante Picchi, Rua Oscar Freire, 533.

Posse Novos Acadêmicos

Álbum de Fotos do evento em comemoração aos 17 anos de fundação da Academia Paulistana Maçônica de Letras e da posse dos acadêmicos Luiz Flávio Borges D'Urso e José Maria Dias Neto.
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quarta-feira, 1 de julho de 2009

“A MAÇONARIA E O TERCEIRO MILÉNIO” IDEALISMO, MATURIDADE, EDUCAÇÃO E SERVIÇO

Erasmo Figueira Chaves


Quer a bondade de meus irmãos desta ARLS e generosa Loja Simbólica Fraternidade nº5   de Eunápolis, através da ação dinâmica de vosso  Venerável,  , Silvio R.S. de Freitas, que me encontre aqui ante esta responsabilidade de apresentar e compartilhar convosco experiências ou vivências reais ou intelectivas de uma já vasta vida de ideais e serviço. Compartilhar temas ou lemas, que na sua simplicidade, vêm carregados de humanidade e conteúdo moral idealístico .  Temas ou lemas, que entretanto, testados na vida prática e no dia a dia do idealista, fazem-no estremecer ante o desafio à sua inteireza e coragem.  E A maçonaria é resumidamente isso :  expressividade do Maçon, como ser humano evoluído em busca de superação dos resquícios ainda presentes em seu ser humano, em sua longa história evolutiva. É por isso que resumidamente se define como um obreiro da Pedra Bruta, a esculpi-la, a burilá-la, a corregir-lhe arestas e defeitos.   Eis em sua essência  e extremamente coberto o tema “A MAÇONARIA E O TERCEIRO MILÊNIO”

A Maçonaria, não é e nunca foi necessariamente um produto acabado, nem  composta por seres angélicos, fora da razão física e metafísica da sua realidade vivencial, mas composta e edificada por seres humanos, tantas vezes imperfeitos, mas ansiando superar-se, IDEALISTAS afinal, (ou nem tanto)  que se esforçavam, esforçaram-se e se esforçam, por compreender-se em relação à sociedade a que pertencem,  através do treinamento, do pensamento, da Arte de PENSAR, no uso-fruto adequado do bem Supremo  da INTELIGÊNCIA , com que o G:.A:.D:.U:. o  tenha dotado: ao fazê-lo à “Sua imagem e semelhança.”

De um modo geral, os historiadores, maçônicos ou não, reconhecem as enormes dificuldades, praticamente insuperáveis, para desvendar as verdadeiras origens da Maçonaria, tendo em vista, principalmente, que nessa história elementos lendários se amalgamam com fatos confiáveis. Não obstante a vasta literatura sobre o tema há que ressaltar que boa parte dos textos disponíveis foi elaborada em sua grande maioria pelos próprios maçons, a partir do século XVIII.  Assim, visando à legitimação da atuação da Irmandade, ilustres maçons buscaram em “tempos imemoriais” as origens da instituição e se autoproclamaram herdeiros diretos dos ensinamentos dos antigos egípcios, dos essênios, dos druidas, de Zoroastro, das tradições herméticas da Cabala, dos Templários, etc. (costa, 2009 –Rubens Pantano Filho) . Dessa forma, seria uma tarefa irrealizável ou vã querer precisar o momento exato e histórico de fundação da Maçonaria,

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uma vez que suas origens se perdem em um passado povoado de mitos, pistas e lendas, que remontam ao Rei Salomão e outros personagens do Velho Testamento. (Azevedo, 1997)
Atualmente, a Maçonaria é definida como sendo uma associação universal de “HOMENS LIVRES E DE BONS COSTUMES” como se costuma dizer na irmande ( Camino, 1996) que trabalham para o aperfeiçoamento da sociedade humana e que têm como paradigma os princípios da  LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE. A Ordem admite em seus quadros homens de todas as raças e nacionalidades, sem distinção de credo ou posicionamento político (Villanova, 1981)  Uma exigência tem que ser necessariamente obedecida para o ingresso na Irmandade: que se acredite, que se tenha fé em um ente supremo, o “O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO”,    D E U S, na linguagem maçônica.

Importantes eventos ocorridos no Brasil, A lei do ventre livre, a Conjuração Mineira (1789) A Conjuração Baiana (1798) A libertação da escravatura, (1888)  a Independência,  (1822) A implantação da República, (1889) etc.  como também  em tantos outros países, em diferentes épocas, contaram com a participação direta e ativa de Maçons.  Ao longo da história, a Fraternidade foi protagonista em vários acontecimentos  de grande envergadura. Essa participação se deu de forma institucional ou simplesmente pela participação individual de alguns de seus membros, com maior ou menor intensidade.  A Revolução Francesa (1789-1799) a Independência dos Estados Unidos da América (1776), a independência da Venezuela (1811), a independência do Perú (1822) e também de vários outros  países latino americanos. São importantes eventos que contaram com a participação de maçons. Destaquemos: D. Pedro I, José Bonifácio de Andrada e Silva, Joaquim Gonçalves Ledo, Frei Caneca, Deodoro da Fonseca, Quintino Bocaiuva, Benjamim Constant, Aristides Lobo, Bento Gonçalves, Francisco Glicério, Campos Sales, Prudente de Morais, Rui Barbosa, Castro Alves, Cesário Mota,  entre muitos outros.  No âmbito internacional:  José Martí, Bernardo O’Higins Riquelme, Simón Bolívar, José de San Martin, George Washington, Benjamim Franklin, e muitíssimos outros.  Desta forma, só pelos méritos pessoais desses ilustres personagens, que deixaram indeléveis marcas impressas na história, dá para perceber a envergadura da Ordem Maçônica.

Assim,  se Maçonaria, é o resultado da congregação de homens livres e de bons costumes,  para a construção de um mundo de fraternidade e justiça, e, este patamar maravilhoso , só pode ser alcançado pelo testemunho e ação individual ou coletiva de seus membros,  teçamos algumas considerações

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práticas sobre os postulados que promulgam seu, Idealismo.,  Maturidade,  Educação e Serviço. Apenas com o testemunho e compreensão dos maçons, NA SUA VIDA DIÁRIA, na sua atividade profissional, na sua proficiência,  no seu espírito de SERVIÇO, na coerência e dedicação com que o fizeram, ou fizerem.  com que o demonstrarem do que individualmente acreditem e representem  com a profícua dignidade na sociedade, poderão atribuir-se essas aspirações de construtores de um mundo em que prevaleça o BEM COMUM.

As idéias nascem ou germinam  particularmente no íntimo das pessoas .  São frequentemente, se não geralmente herméticas e, como comparava sutilmente Machado de Assis, são como nozes que só depois de quebradas e testadas, degustadas, saberemos concretamente da sua sanidade e excelência.  Para que se tornem porventura ideais, não basta que as idéias se proponham ou pretendam  boas, que pareçam sãs ou válidas.  É imperioso que o sejam e só o serão se postas em prática na vida e no espírito dos que se identificam com elas.  Só assim, inarredavelmente serão ideais ! . É claro, dirão meus confrades, amigos e ouvintes : Para tal só tornando-se um vocacionado  santo, asceta  ou manipulador equilibrista  da verdade interior! Sem desmedro para os que vocacionadamente optam pela aspiração a um caminho de santidade,  não importa  os carimbos com que definamos a verdade de uma vida. O importante é que a mesma, em meio a erros , - os mais diversos e comuns, inerentes à natureza humana,- seja o produto direto e concreto  da comunhão do espírito da verdade, da razão , da lealdade ao conhecimento e às pessoas de conhecimento do bem, da prática de uma alma  generosa  sem qualquer egoísmo, disposta até ao sacrifício, ao testemunho da definição e da palavra, sinceramente vocacionada ao bem transcendente da justiça universal.

Esta idéia de ideais, leva-nos inexoravelmente a pensar nos outros, no idealismo e interação do bem estar coletivo, da justiça social , que nada mais é  que o espírito da fraternidade que nos define como maçons.   E  é como maçons que nos propomos, tantas vezes de peito aberto e com a melhor das intenções ,pretensões gigantescas de amor e de serviço. Grandes irmãos nossos se notabilizaram por sua sinceridade  de princípios e atitudes.   Ninguém realmente grande  de espírito será capaz de levar a cabo grandes coisas, se não estiver principalmente preocupado com esta simples verdade: A sinceridade, a identificação da palavra com os atos,a verdade íntima, a profunda, a que brota espontânea do coração, é a característica do homem


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disposto a todo empreendimento generoso e heróico. Deveremos admitir entretanto que parâmetros assim  são o resultado de padrões de maturidade  individual e coletiva que , sabemo-lo bem, não são uma realidade nacional.  Maturidade, em termos estatísticos, é do que carece a nação e a maioria  de nossos concidadãos, de nossas instituições públicas ou privadas, de  nossa imprensa, de tantos próceres  e líderes, nossos conhecidos.   Creio   poder dizer  que somos uma nação imatura, de pessoas geralmente epidérmicas, de espírito alegre mas ligeiro, volúvel, facilmente variável,  que em sua maioria são imaturas, sociologicamente imaturas, de um tipo de imaturidade espiritual, atávica, quando e principalmente, porque falta o básico de  uma educação íntegra, inteira , integral.  Não há como culpar a vítima.  Informar, compreender, definir, treinar, assumir, encontrar a explicação real dos fatos e as profundas causas dos fenômenos sem com isto produzir uma “consciência de culpa”é tarefa da educação.  De uma educação que infelizmente não surge da família, basicamente responsável pela formação do caráter.  Uma família que não está preparada  para formar o caráter. A criança forma seu caráter  até os seus 7 anos, idade em que começa seu treinamento básico escolar. Chega à escola tarde, sem ter passado na sua imensa quase totalidade pelo pré-primário ou pré-escolar. Aos sete anos já é tarde para a escola cumprir sua função formativa !  Quem formará a família?  Gente que nasce em família despreparada para formar?

De um recente artigo de João Melão Neto, publicado no Estadão , retiro estas excelentes, quanto pertinentes e oportunas considerações :  “Se os pais forem superprotetores ou, ao contrário, extremamente rígidos, e pouco afetuosos, é muito provável que o futuro cidadão enfrente problemas de ajustamento social já ao entrar na escola.  E, se a escola, em si, for dotada de uma estrutura exageradamente autoritária, o resultado acabará por ser o mesmo: um adulto emocionalmente frágil, dependente, destituído de um mínimo de autoconfiança.  A somatória de cidadãos com tais características – segundo se infere dos estudos de Erich Fromm ( O medo à Liberdade) – gera o caldo de cultura ideal para o estabelecimento de uma sociedade anti-democrática e com sérias tendências ao totalitarismo. Ao contrário do que nos faz crer o senso comum, a torturante e ditatorial relação entre dominantes e dominados não é imposta tão-somente pelas baionetas.  Ela é , isso sim, mutuamente consentida.  Ao tirano proporciona o sabor do poder, quando no fundo de sua alma, se trata de uma pessoa absolutamente insegura.  Aos “subjugados” propicia a comodidade de não ter de tomar decisões de vida difíceis e assumir

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por consequência. a plena responsabilidade por elas . . .  No fundo, trata-se de uma mera reprodução na esfera sociopolítica dos padrões comportamentais assimilados na infância e na adolescência, na família e na escola” . . .    Portanto o problema fundamentalmente começa com a falta de Educação  adequada, Educação, Educação, Educação do caráter ! . . .Daí tanto conflito, oriundo das discrepâncias  entre o lar e a escola. Entre a realidade e o teórico. Entre o lógico e o ilógico. Entre o equilíbrio e a desordem. Entre a disciplina  e a inconformidade.  Entre a carência e o amor. Entre a culpa consciente ou inconsciente e o castigo   Onde está a culpa ?  Onde estão os culpados?  Toda  culpa é  em algum grau o resultado direto de algum tipo de ignorância ou deficiência., normalmente escondida e não reconhecida com soltura e objetividade.

Ignorância , dito assim na simplicidade espontânea da comunicação verbal, é um termo ou expressão de conotação negativa,  Significa  simples falta de conhecimento.  A falta, naturalmente, pode ter várias causas.   A ausência de análise consentânea da ignorância pode levar a sérios mal-entendidos. Embora em princípio pareça redundante convém  repassar  ligeiramente algumas óbvias considerações . Aqui vão cinco entre tantas causas comuns de ignorância:

1} Posso nunca ter tido oportunidade de conhecer o assunto de que sou ignorante.
2} Posso tê-lo conhecido eventualmente em algum tempo,  mas   havê-lo perdido da memória por  não  ter  relevante interesse para mim.
3} Posso ter sido mal informado sobre o assunto.
4} Posso  ter qualquer atitude de resistência contra um assunto que me impeça  consciente ou  inconsciente- mente de conhecê-lo.                         
5} Posso ser constitucionalmente estúpido e absolutamente incapaz de aprendê-lo.

Para os psicólogos e especialistas, toda  culpa é, objetiva ou subjetivamente o resultado de algum tipo de ignorância ou deficiência, seja ela de natureza material, tecnológica, fisiológica, psicológica, sociológica, traumática, temperamental, circunstancial, ética ou moral  . Sentimentos  de  inveja, rancores,  ressentimento, despeito, insegurança, medo, ciúme, retaliação ou vingança,  anseio ou ambição desmedida de poder.   A falta de treinamento ou

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educação na compreensão e identificação de algum ou alguns destes fatores, ou mecanismos da psiquis ou do comportamento, leva a algum tipo de desequilíbrio, de exagero, à mediocridade, esta à radicalização e a seguir a alguma forma de mentira, corrupção , prostituição ou despotismo..   Assim se processa a degradação de pessoas, de  instituições e de nações.

É preciso desvendar, desnudar as raízes psicogenéticas dos “pecados da nação” assim como dos indivíduos, para que haja  real  alívio e a eliminação do terrível, geralmente inconsciente, sentimento de culpa  ou complexos de inferioridade ou superioridade, que se mascaram ou  auto-defendem na agressividade, nas insinuações maldosas e infundadas ou não comprovadas,  na complacência  consigo mesmo , na arbitrariedade  ou  nas acusações reais ou imaginárias contra si e contra todos.

Como comenta humoristicamente Freud, é o caso de um auto-suficiente caipira, oriundo de região onde a eletricidade não chegara, que visita por primeira vez um hotel  na grande cidade.  Pronto para deitar-se, o caipira trata de soprar a lâmpada elétrica  como se fosse uma  vela.  Sopra com todas as suas fôrças, mas logicamente a luz não se apaga e jamais se apagaria até que aprendesse a dar volta ao interruptor que se encontra ao lado da porta.  Assim acontece repetidamente com a sociedade e portanto com a nação e com as pessoas:  Toda a força de vontade do mundo, por maior que seja não conseguirá extinguir a causa do infortunado  e frustrante comportamento. Neste contexto. o contrito “mea culpa” do convicto religioso praticante poderia por ventura por catarsis, atuar como lenitivo, a  uma culpa indefinível.

Carecemos pessoal e coletivamente de maturidade política, como psíquica , grupal e espiritualmente,  porque carecemos de condições para crescermos harmonicamente em maturidade como indivíduos. Constituímo-nos em massa de manobra  de massas e de oportunistas ,  não na força moral  pragmática mas consciente, de massa de indivíduos.  Assim tem sido, a incongruente,  a lenta, milimétrica evolução histórica do comportamento humano, em relação à compreensão da maturidade espiritual que leva aos verdadeiros valores do reconhecimento e prática da liberdade, da igualdade, e da fraternidade.  Desse tipo de vivência ou comportamento irônico, brinca graciosamente , nada menos que o arguto e privilegiado Luis Vaz de Camões, demonstrando ser também genial sociólogo: 
 
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AO DESCONCERTO DO MUNDO


OS BONS VI SEMPRE PASSAR
NO MUNDO GRAVES TORMENTOS
E, PARA MAIS ME ESPANTAR
OS MAUS VI SEMPRE NADAR
EM MAR DE CONTENTAMENTOS

CUIDANDO ALCANÇAR ASSIM
O BEM, TÃO MAL ORDENADO,
FUI MAU, MAS FUI CASTIGADO.
ASSIM, QUE SÓ PARA MIM
ANDA O MUNDO CONSERTADO

Roberto Frost,  fala-nos dos caracteres dos adultos generalizadamente como de “um produto bastante bom da ironia da vida”.   Poderemos aceitar  placidamente, resignadamente, como indivíduos e como maçons, esta imagem?  Que temos nós, Maçons, a comentar ou ponderar sobre o tema?   A noção que  queremos definir da maturidade, não nos obrigaria a formar uma imagem nova que chegue a ser fonte responsável, cada vez maior, de satisfações criadoras?   A maturidade só pode ser entendida como oposta  à rotina da vida de adultos resignados e vencidos,  seguidores apáticos e abúlicos de rituais vazios porque deles não se impregnam,  aos quais recusamos  culto pela crítica esclarecidada.  O processo de maturação humana, consiste no afastamento de temores infundados, do egoísmo desmedido, da ambição ilimitada,   da possessão desenfreada de coisas e pessoas,  passando o indivíduo a interessar-se por alargar a esfera dos vínculos e interesses pessoais,  meditando  em parâmetros e dimensões  de simplicidade, humildade, espiritualidade, clareza de procedimento, revertendo constantes estímulos , apelos, incitações à possessão  e domínio, pura  e simplesmente das coisas e pessoas..

Deixemos que o altruísmo seja o freio a todos os imediatismos, casuísmos e apetites dominadores.  Desenvolveremos assim a capacidade superior da inteligência que é a compreensão íntegra das proposições e as condições para resolver ou solucionar problemas.  Creio que podemos acrescentar a toda a potencialidade humana e à consciência social que cria a nação, o aperfeiçoamento da nossa vida, individual e coletivamente, através da

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honestidade do saber, da educação, da responsabilidade, do dever, do polimento da linguagem, do sentido de cooperação com os propósitos de bem fazer, dos sentimentos empáticos, da comunicação responsável em tempo útil, do diálogo, do reconhecimento do valor ou saber  dos outros, das suas limitações,- que não necessariamente por isso devem ser apanágio, testemunho ou exemplo a seguir - da compreensão objetiva e simples dos fatores que influenciam profundamente a vida e a qualidade da vida, entre eles a sexualidade, a ecologia, a saúde, a educação, a vontade, a soberania da  inteligência , sujeita a todas as suas sutilezas, `a vocação do bem e à meditação filosófica e ética.  E sobretudo a assunção de compromisso com a definição da verdade . Para nós maçons e portanto idealistas, a Verdade jamais exclui a submissão empática aos postulados do amor, que além de instinto é entrega fraterna e serviço.  Com esta Verdade, a empatia do amor, tão bem analisada por  Karl Barth na sua exegese cristã sobre o tema, estabelece a grandeza do respeito pela dignidade, a exigência da compreensão e do perdão.  Eis a diferença entre a visão idealista e a visão profana. vulgar e silvestre. 

Qual a missão de uma loja?  Em nossos manuais de treinamento e preleção, fazemos alarde em ensinar insistentemente ao aprendiz que a resposta à profana pergunta: o que é um Maçon?  É a que tão bem nos define, quando individualmente comungando verdadeira esperança e vontade definida de que assim o possamos moralmente definir, ao proceder coerente e disciplinadamente, ante a integridade de nossa meditação e julgamento íntimo e o corajoso e prudente testemunho de nossa destemida e clara ação, nos permitamos consistentemente, leal e legitimamente responder: Um maçon é um ser livre e de bons costumes ! . . .

Dito assim parece que um atributo ou virtude está necessariamente atrelado ao outro.  E se pensarmos bem, assim é efetivamente.   Pode alguém ser verdadeiramente livre, enrolando diletantemente ou manipulando rudimentarmente conceitos, sem lucidez e cristalinidade, colocando-se estrategicamente sempre na melhor, profana, confortável e tática posição, “em cima do muro”  como é voz corrente,  se estiver prisioneiro, de maus hábitos, maus costumes, ignorância, despreparo, tacanhez, preconceitos, deslealdade, egoísmo, ambição desmedida, navegando em várias águas ao mesmo tempo, na convivência íntima ou disfarçada com uma visão destorcida da realidade de seus aspirados e artificiais ideais, fechando olhos à verdade cristalina e transcendente dos fatos e fazendo ouvidos moucos

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aos apelos da Justiça e BEM COMUM, da sua consciência intermitente às demandas da sociedade?

A Missão transcendente o conspícua de uma  Loja Maçônica, é portanto esforçar-se em proporcionar todas as oportunidades edificantes possíveis e viáveis, para conscientizar altruística e idealisticamente todos os seus integrantes, para que todos efetivamente se capacitem da verdadeira responsabilidade ética e moral que nos cabe como seres humanos a aperfeiçoarmo-nos pessoalmente como tais, a apercebermo-nos com humildade de nossas imperfeições e fraquezas humanas, a pesquisar em nosso interior, melhorando-nos como pessoas, despertando lideranças lideranças latentes ou adormecidas, predispostas a pensar, a pensar formas factíveis de ajudar    ou colaborar na ajuda, à sociedade profana e a exterminar  o ambiente  tão descuidado e maltratado no mundo caótico em que vivemos, deixando ou abandonando esse mundo caricato das fantasias e aparências, das vaidades descabidas, das ambições desmedidas, das paixões irracionais incontroláveis e incontornáveis, das pretenções incabíveis, da ignorância, da incultura, da indignidade, do ódio e do egocentrismo ensoberbado, em suma: do inrustido primitivo ser que permanece atávica, latente e suscetível ao canto das sereias, mas “prudentemente” silencioso em cima do muro, do não me comprometas risonho do comediante,  desses sintomas tão visíveis todavia em grande parte presentes numa humanidade evolutiva multi-milenária, mas ainda carente dos postulados da dignidade e altruísmo que levam  à intima consciência do destino humanitário da Liberdade, Igualdade, Fraternidade.

Para facilitar o entendimento do que estou tentando expressar acerca da liberdade  e da  escravidão dos costumes ou preconceitos, nada melhor que descrever em breves palavras este pequeno mas verídico e exemplar  episódio, tirado das páginas da realidade história:  Bernard Palissy, o conhecido ceramista (Bernard Palissy, 1510 – 1590, artesão, decorador, decorador. Engenheiro, agrônomo, naturalista, geólogo, químico,e escritor francês, nascido em Agen, Lacapelle-Biron)  foi, ao tempo de Henbrique III, posto na cadeia, preso por questões de fé religiosa. O rei, na realidade, desejava ardentemente libertar o súdito, a quem admirava e respeitava, pois era o único exímio artesão capaz em sua contemporaneidade de lhe arquitetar e fabricar esculturas e estatuetas de enorme valor artístico. Esculturas tão expressivas do amor, da alma e dedicação com que nelas imprimia virtudes, suas vivências ao imaginá-las e esculpi-las. Como todas as ameaças e todas as promessas não produzissem qualquer efeito, o rei

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compareceu em pessoa à cela do condenado à morte e pediu-lhe ansiosamente que abjurasse:

“Se não o fizerdes, ajuntou o rei, ver-me-ei forçado a vos condenar à morte.”

Senhor, responde Palissy com dignidade, é  ao Rei de França que ouço dizer: Eu serei forçado?  Não sou mais que um mero e pobre oleiro, um  dos menores súditos de Vossa Magestade, mas autoridade alguma no mundo poderá forçar-me a agir contra a minha consciência. Vós sois dos mais poderosos senhores da terra e vós dizeis: Serei forçado!  Senhor, qual de nós dois é livre? . . .

Eis pois uma das grandes e importantes missões de uma Loja Maçônica: Propiciar, incutir entre seus membros mensagens de dignidade como esta. Conscientizar valores eternos edificantes do espírito livre da verdade transcendente, da imparcialidade, da justiça, do BEM COMUM, da equanimidade, da bondade, da dignidade, do Amor e da ação exemplar, valorosa, nobre, edificante.  Da coragem e SABEDORIA necessárias para vivenciá-las proficuamente na sociedade,  na vida corrente e diária. 

Com esta conscientização haverá lugar para a continuidade da ação do Amor, legítima dimensão da felicidade, que se expressará através da  empática colocação da associação exposta na estabilidade e razão de ser da pátria e da vida comunitária, na projeção pragmática do futuro, na propriedade dos atos de identificação com o próximo  e no respeito pela dignidade humana.  Para isto servem os ideais: para produzir a compreensão a paz, a felicidade , o amor.     Entre os maiores ideais está o que mais define o Nazareno Mestre: o ideal de SERVIR.   “Eu não vim para ser servido, mas para  SERVIR !”

SERVIR ! Servir para quê ? Como objetivo comezinho corriqueiro  não se diz  com a lógica do Gerson, ser melhor e mais lógico ou inteligente ser servido?   Mas falamos de ideais transformadores do egoismo humano!   Se não for para servir,   como instrumento da concretização  dos mais nobres ideais  , não há sentido em tantas elucubrações.  Servir, de servo, que não deve ser confundido com escravo, necessariamente.   Servo – oriundo do sânscrito, que nos livros sagrados da India significa “aquele que guarda o rebanho”, o pastor.    posteriormente passou a ter a conotação de escravo, pois aos cativos de guerra é que se impunha primitivamente a função de vigiar os rebanhos.  Servo – aquêle que guarda.  Se prestarmos

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atenção, essa idéia permanece nos verbos de uso corrente da nossa língua: conservar, observar, preservar,  etc..  Há como que uma idéia de humildade vocacionada  no servir.   Servir !  Indiscutivelmente um ideal maçônico  !
 Servir, servidor, portanto, seria alguma coisa como  guardar,   tomar conta, atender ou assumir cuidados e obrigações com alguém ou com determinado aspecto ou grupo social .  Típica, sob esse prisma, é a resposta hipócrita e cínica de Caím, quando Javé lhe pergunta pelo paradeiro de Abel  : Sei lá ? !  Por acaso sou eu o guarda do meu irmão ? (Genesis 4.9) quando afinal já o havia morto ! .  Será por acaso mera coincidência, qualquer semelhança dos nossos costumeiros pretextos para não servir ao outro, com a resposta desabrida e malcriada de Caim?

Por extensão, no dia a dia, servir significa ajudar, auxiliar, lembrar, ser útil, ter serventia.  Falamos de objetos que servem para alguma coisa e de roupa que não serve mais.  Falamos de pessoas que servem a certas causas, como também de outras que simplesmente não servem para nada, ou servem para muito pouco . . .   Sem dúvida, é trágico !  O que serve faz falta quando não existe ou não está presente ;  o que não serve se desqualifica por si mesmo.  Por essa elementar lógica verbal, poderemos tranquilamente inferir que uma boa Loja maçônica é aquela que faria falta se não existisse criativamente  na vila, bairro ou cidade, enquanto que uma Loja maçônica fraca, apática, distante, voltada para si mesmo egocentricamente, tão mecânica e ferreamente fechada em seus caprichos , pretensões ou interpretações, orientada para a letra  da burocracia, farisaicamente empenhada nas formulas aparentes e não na sua essência testemunhal, jamais para seu espírito, inoperante quanto à vivência de seus ideais, não serve ou não tem serventia, porque precisamente não presta serviços nem testifica a sua razão de ser , ou a razão de seus ideais.

Idealismo, Maturidade, Educação e Serviço, são temas essenciais, constantemente renovados na mente e coração dos maçons de todo o mundo.  É o que à mente e coração maçônico apela em todo o mundo e nos desafia a uma resposta, a qual,  generosa , tem feito sempre  renascer  e reviver tanta obra escondida, no tempo e espaço, tantos valores latentes,  fruto da  semente da Liberdade, Igualdade ,Fraternidade  , erradicando paulatinamente a fome, a doença, a ignorância, o preconceito, a injustiça e produzindo a paz.   É a consequência lógica de quem se conscientizou de um plano moral diferente, passando a raciocinar e sobretudo a atuar, num plano moral  transcendente.  São temas ou lemas de cunho prático e porque não dizê-lo de cunho puramente espiritual, que visam fazer do homem instrumento de solução e não 

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mera vítima.  Lemas ou temas que nos têm comandado à ação, unidos universalmente num ideal de servir, olhando mais além em todas as fronteiras da inteligência em todo o mundo.

Como maçons, ouvimos ou meditamos estas mensagens, que só têm sentido quando tocam nossos corações e nos põem no caminho da ação, quando as colocamos em prática nas suas incontáveis formas e, não simplesmente quando nos mantemos falando sobre elas numa atitude crítica ou contemplativa,  Não como vulgar e corrente expressão cultural teórica do nosso povo ou do Hemisfério ocidental a que pertencemos, como mensagem puramente de conteúdo ético.

É mais do que isso.  Muito mais.  O valor dessas expressões está na compaixão que nos mova à ação de ajudar nosso próximo, à sensibilização pela gama imensa das carências dos necessitados de toda a ordem e estado cultural, dando e ensinando de infinitas e variadas formas   a viver de acordo a um plano de dignidade em toda a  dimensão da vida humana.   É o grito, espontânea e bravamente solto do peito em bom som, rasgadamente a clamar , a protestar contra a crendice nas banalidades repetitivas, contra as atitudes despóticas inadvertidamente imaturas e sofridas a diário na vida privada , na sociedade  e na nação, contra a ignorância comezinha do quotidiano, contra as falácias hipócritas, mentirosas de um cinismo consentido, ausentes de       compreensão  e  de  amor.    Esse  o  privilégio,  no  meu  modesto  entender,  de  sermos  maçons :   a  livre  e compulsória aceitação de desafios !   Não é apenas,  nem principalmente,  a   caridade ou a satisfação das necessidades imediatas dos carentes, mas sobretudo das mediatas,  tornando-os seres responsáveis e administradores de suas próprias vidas, para que vivam a paz e a esperança como alicerce da liberdade interior e temporal, objetivos que devem contribuir a construir passo a passo.  Numa palavra: o valor dessas expressões aparece quando nos tornamos melhores pessoas ! . . .  Não melhores atores ! . . .  Certamente, como maçons, não fazemos parte daqueles grupos de pessoas cuja atitude frente à vida justificam a clareza da frustrante frase de T..S.Eliot :  “A  metade do mal que de alguma forma é feito no mundo deve-se às pessoas que apenas querem sentir-se importantes”   O sentimento de ser importante pode  não obstante ser estimulante criativamente se  merecidamente reconhecido e acompanhado da ética que perfilamos como maçons, caso contrário a frase clarividente de T..S.Eliot, é profundamente trágica na sua veracidade desafiante! . . .

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A paz, secularmente admitida como o estágio  que nos permite trabalhar em plenitude, visando a nossa felicidade como a de todos, só pode ser alcançada se estiver acompanhada do sentido maçônico de Servir, o que nos reclama ação consentânea. Caso contrário estaremos sendo , ou produzindo, ou repetindo , ou copiando novamente apenas, o produto das falácias desenvolvidas num mundo secular, profano, algumas vezes com a participação das instituições mais preciosas e quiçá por vezes pretensiosas, como entre outras a igreja institucional, tantas vezes, por circunstâncias , com escasso, confuso amor no coração.  Foi o que trouxe ao mundo as ciclópicas e dantescas tragédias do fascismo, nazismo, inquisições, cruzadas “salvadoras”, caça às bruxas, conquistas despóticas impostas para alargar o Reino dos Céus e a Justiça Divina, bombardeios, obscurantismo, opressões de inacreditável atrocidade.  A aparentemente cândida quanto absurda e simplista sentença  de que “os fins justificam os meios” tem afastado e retrasado os homens e a humanidade de encontrar na vivência e tentativas de ação diária, democraticamente, por entre os seus desalentos, frustrações e ignorâncias, os meios adequados. para crescer  em direção ao rumo certo.  Jamais se pôde salvar a alma queimando-se o corpo , nem subjugar perenemente consciências a ferro e fogo.  A cada momento da História temos estado repetindo  através de ismos e  ideologias, a nossa pretensa unilateralidade da verdade, nem sempre perto do são critério da ética, da moral humanitária e da dignidade humana.

 É assim que se vêm periodicamente repetindo as mesmas trágicas experiências que levaram Camões, o grande vate  da nossa maravilhosa língua, autor dos Lusíades, no século   XVI, a escrever com seus esplêndidos versos , a par de ingentes cantos à glória e valor dos feitos pátrios, palavras cheias de conteúdo e penetração sociológica, que transcrevo  livremente de um conciso comentário interpretativo, magistralmente elaborado dos versos 95 a 97 do canto IV dos Lusíadas, da tradução inglesa de Edmond Taylor , grande estudioso da obra  Camoneana.

Oh! gloria de comandar, Oh ! vã sede


Daquele mesmo vazio nada a que chamamos fama,
A qual desastre novo intentam levar-nos,
Que mortes, que horrores, tragar nos farão?
Pretendendo espalhar na verdade, só religião ! . . .

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Não podemos como maçônicos ser apenas apáticos espectadores da história ou meros membros de uma confortável   comunidade universal.   “Benditos os que trabalham para a paz,” coloca pela boca de Henrique VI (2a parte, ato segundo) William Shakespeare..   Temos que trabalhar como maçons, ingentemente, para a paz  e a felicidade.  Isto é cultura  ! Isto é espírito ! Isto é cultura espiritual que se expressa  nos ideais alcançados  pela  Maturidade do espírito, alicerçada  em  mente treinada e  educada para SERVIR.

Será esta a consciência vivida e comungada regularmente em profundidade em nossas lojas?   Cada um, com a inspiração e a Graça do G:.A:.D:.U:. encontrará a resposta adequada , sã , construtiva e verdadeira para si mesmo ! . . .

Eis a mensagem para maçonaria do III milénio: “ Luz, mais luz !” suplicou Goethe, o grande sábio e intelectual, ao morrer.  Nos sonhos, visões, simbolismos, buscas espirituais, teologias e  religiões, entidades de serviço, bem intencionadas ideologias,  a Luz sempre surge associada à idéia de evolução espiritual e aparição de  seres proféticos, altamente evoluídos.  Para o Maçon, “receber a Luz” é iniciar-se na Regeneração, no caminho da auto-perfeição.  Que essa inefável Luz continue a iluminar-nos e a proteger-nos sob a égide e benção do Grande Arquiteto do Universo.

Somos uma fôrça mundial, somos em alguns casos o resquício de uma reserva moral que se dilui. Só assim se justifica tanto simbolismo, tanta ritualística, tanta egrégora, dedicações, devoções.  Fazendo dessa reserva a nossa  força, constituímos um poder do bem . . .  Poder para que sejamos humanos – no dizer de Charles West -  para criar justiça, para dizer o que deve ser dito e feito,  sem rancor, sem ódio ou desprezo, mas com vigor, para fazer melhor na intencionalidade do bem, sem disputas estéreis, com altruismo,  para desenvolver a sutileza e dimensão da qualidade, em  lugar da quantidade, para transformar o negativo em positivo, o mal em bem, para realizar o que precisa ser Bem feito, para construir o edifício da redenção do que é caduco, frouxo, rançoso, pobre, podre e triste.  Para combater com sentido evangélico de missão, o bom combate, no sentir de São Paulo ! . . .


ERASMO FIGUEIRA CHAVES

TITULAR DA CADEIRA No. 13  DA  ACADEMIA PAULISTANA MAÇÔNICA DE LETRAS – SEU PAST PRESIDENTE POR DOIS PERÍODOS CONSECUTIVOS
 PAST- PRESIDENTE DA AMIL – ACADEMIA MAÇONICA INTERNACIONAL DE LETRAS
 MEMBRO DA ACADEMIA PAN-AMERICANA DE LETRAS
MEMBRO DA LOJA “TEMPLÁRIOS DE JERUSALÉM” -  GLESP –
Fundador da Loja Luz de Luxor da Glesp
Fundador da Loja universitária Urbi et Orbi da Glesp
Grande representante da Grande Loja do Missouri – E.U.A.
Past-MEMBRO DA GRANDE SECRETARIA  DE CULTURA DA GLESP
 Grau 33 -  CURSOS FILOSÓFICOS -  “LOJA DE PERFEIÇÃO”
NA VIDA PROFANA: TITULAR DA CADEIRA No.31 DA ACADEMIA ITUANA DE LETRAS
MEMBRO DO IHGGS INSTIRUTO HISTÓRICO, GEOGRÁFICO E GENEALÓGICO DE SOROCABA
Presidente e FUNADOR DA SOCIEDADE CABREUVANA DE CULTURA
COORDENADOR DE  6 ANTOLOGIAS, PARA A ACADEMIA
PAULISTANA MAÇONIUCA DE LETRAS E SECRETARIA DE CULTURA DA GLESP
PESQUISA E PUBLICAÇÃO DO LIVRO CESÁRIO MOTTA JÚNIOR, PALADINO DA EDUCAÇÃO
DIVERSAS PUBLICAÇÕES EM JORNAIS E REVISTAS DE CABREÚVA, ITÚ, SÃO PAULO E JUNDIAÍ

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