Poesia é o que sinto
Tela em que pinto
O que me não minto
É o som
É o tom
É o bom
É o vento!
É sutileza em que intento
Suavidade e sustento,
brisa que corre ao relento,
Contida no sopro lento
Da verdade e sentimento
De uma vida cem por cento,
Todo sonho que acalento,
Desafio, verdade boa, advento
Na braveza má do vento,
Ou no mosteiro São Bento
Em pureza de um momento.
Poesia é o que sinto
Tela em que pinto
o que me não minto,
Quando vejo,
Almejo,
Traquejo,
Arquejo,
Cortejo,
Desejo,
Ensejo,
Pelejo,
Prevejo,
Arejo,
Gracejo,
Festejo,
Quando ofegante em arquejo, bem vejo
Muito além do sujo brejo,
Olhando o que não desejo
Mas vendo além, muito além do velho Tejo,
não conquistas, nem gracejo,
Um mundo em que antevejo,
lucidez de cada ensejo
Que tenho de dar um beijo
Na beleza, essa sim que tanto invejo
Poesia é o que sinto
Tela em que pinto
O que me não minto! ...
Cabreúva, 14/4/2008
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