Erasmo Figueira Chaves
Não serão as riquezas materiais, tão cobiçadas, acaso ostensivamente
descriminadas, nem ouro nem prata, nem as cartoriais escrituras imensas de indivisíveis
terras, nem disputados garimpos onde se lavram pedras e se encontram diamantes,
rubis, esmeraldas, que acaso me fascine ou domine por ambição, por seu esplendor
e poder corruptor de mentes e corações. Certamente me move, comove e prioriza a
riqueza incomensurável expressa pela vida em geral, em sua verdadeira dimensão
e misterioso significado, que a cada Ser humano, cabe deslindar. A história
humana evolutiva, oriunda lá no longínquo e histórico passado geológico, o
surgir dessa criatura irracional animal, hirsuta, instintiva, bruta, que
atravessa os milênios, sobrevivendo a tudo o que lhe era adverso, até brotarem-se
lhe os primórdios da razão inteligente, titubeante embora, provável e inicialmente
insegura, temerosa ou não, mas promissora dessa dádiva divina do poder PENSAR,
raciocinar, condições essenciais básicas para a crença, razão, opinião ou juízo.
Em suma: surge paulatinamente a evolutiva inteligência, essa riqueza
insuperável, capacitação para a apreciação do belo, do justo, do equitativo, do
essencial e primordial, do progresso evolutivo material, emocional, espiritual,
ético e moral, a consciência e a criatividade, a importante noção de interdependência, que acaso lhe atribua a
natureza, a crença ou capacidade potencial para o evolutivo progresso
civilizatório. A INTELIGÊNCIA é a RIQUEZA em essência, conducente ao “BEM COMUM”, o qual nenhum outro
bem material, resplandecente joia ou riqueza, qual seja ela, pode superar.
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