"Querido irmão, confrade, amigo e Presidente Baccaro:
Quero de imediato, agradecer a gentileza leal de seus comentários, o apreço pelo conteúdo da análise exposta e, desculpar-me profundamente pelo desagrado que involuntariamente lhe haja produzido o meu desprendido, despreocupado, desatente ponderação, quiçá inconsequente ou irrefletida imprudência, sana e meramente expressa de certa forma talvez não devidamente planejada ou pensada, imbuído apenas de natural, simples e intima ironia amistosa, confiante em sua sábia e amiga interpretação, como na de todos os ouvintes, natural de minha disciplinada compreensão e aquietação à necessidade de concisão, geralmente priorizada nas costumeiras preocupações generalizadas sobre o tempo a ser dispendido, como por exemplo o que normal e prioritariamente se dedica às locuções públicas, culturais, ou apenas rotineiras, ou mesmo em nossas lojas, tenham elas consciente valorização, conteúdo ou não. Não significaram de forma alguma qualquer intenção proposital ou consideração por querer, perceptiva de susceptibilidade negativa, desrespeitosa a quem quer que seja, muito menos obviamente do querido, generoso, inteligente confrade, amigo, e Presidente Baccaro. Pelo contrário, quiseram significar, positiva e paralelamente à irrequieta análise intelectual, obediência, aquiescência disciplinada, ao bom critério administrativo generalizado de sua reconhecida disciplina de conduta e responsabilidade, tanto é assim que a priori, a obedecer a necessidade de ser breve, advertimos no início de que faríamos interrupção da leitura publica da matéria a ser lida, sugerindo aos eventuais interessados que poderiam concluir a leitura da temática em curso através de nosso site acadêmico da APML linguagemviva@linguagemviva.com.br., matéria enviada portanto previamente ao pronunciamento da palestra.
Por favor imploro à sua integra benevolência, discernimento e consideração: Nada, absolutamente nada, de considerar, como diz, supostas elucubrações de “desagrado às suas atitudes”. Seria um contra senso e despropósito com o qual jamais comungo ou comunguei, e, disso os próprios confrades, em meus dois períodos na Presidência e longa militância acadêmica, são testemunhas fiéis. Resultou apenas certamente em expressão infeliz, (não devidamente pensada, em suposta e sorridente bonomia e humor) ao discorrer de inadvertida e despreocupada pena, possível pressão do inveterado “tempo”para sua revisão, (que não houve) dirigida aos irmãos e fraternos. Nunca houve intenção “maquiavélica” inadmissível em nossa concepção de virtudes maçônicas. Não magnifiquemos o que não precisa de magnificação. Pelo mal entendido peço perdão ! . . .
Quanto ao título que menciona para o anexo que na verdade se intitula de “O sentimento da Verdadeira Amizade”, postulados que intrinsecamente comungo, não entendo verdadeiramente quem o tenha escolhido, nem a independência ou inferência internética eventual e como pode aparecer na circular referida, enviada a todos os irmãos e a outros dos muitos ouvintes à palestra assistentes, que me solicitaram o seu envio. Aos que receberam o envio, reenviarei a presente.
Receba querido e respeitado irmão, com o meu reiterado apreço, confrade Amigo e presidente, o meu fraterno Abraço,
Erasmo"
Quero de imediato, agradecer a gentileza leal de seus comentários, o apreço pelo conteúdo da análise exposta e, desculpar-me profundamente pelo desagrado que involuntariamente lhe haja produzido o meu desprendido, despreocupado, desatente ponderação, quiçá inconsequente ou irrefletida imprudência, sana e meramente expressa de certa forma talvez não devidamente planejada ou pensada, imbuído apenas de natural, simples e intima ironia amistosa, confiante em sua sábia e amiga interpretação, como na de todos os ouvintes, natural de minha disciplinada compreensão e aquietação à necessidade de concisão, geralmente priorizada nas costumeiras preocupações generalizadas sobre o tempo a ser dispendido, como por exemplo o que normal e prioritariamente se dedica às locuções públicas, culturais, ou apenas rotineiras, ou mesmo em nossas lojas, tenham elas consciente valorização, conteúdo ou não. Não significaram de forma alguma qualquer intenção proposital ou consideração por querer, perceptiva de susceptibilidade negativa, desrespeitosa a quem quer que seja, muito menos obviamente do querido, generoso, inteligente confrade, amigo, e Presidente Baccaro. Pelo contrário, quiseram significar, positiva e paralelamente à irrequieta análise intelectual, obediência, aquiescência disciplinada, ao bom critério administrativo generalizado de sua reconhecida disciplina de conduta e responsabilidade, tanto é assim que a priori, a obedecer a necessidade de ser breve, advertimos no início de que faríamos interrupção da leitura publica da matéria a ser lida, sugerindo aos eventuais interessados que poderiam concluir a leitura da temática em curso através de nosso site acadêmico da APML linguagemviva@linguagemviva.com.br., matéria enviada portanto previamente ao pronunciamento da palestra.
Por favor imploro à sua integra benevolência, discernimento e consideração: Nada, absolutamente nada, de considerar, como diz, supostas elucubrações de “desagrado às suas atitudes”. Seria um contra senso e despropósito com o qual jamais comungo ou comunguei, e, disso os próprios confrades, em meus dois períodos na Presidência e longa militância acadêmica, são testemunhas fiéis. Resultou apenas certamente em expressão infeliz, (não devidamente pensada, em suposta e sorridente bonomia e humor) ao discorrer de inadvertida e despreocupada pena, possível pressão do inveterado “tempo”para sua revisão, (que não houve) dirigida aos irmãos e fraternos. Nunca houve intenção “maquiavélica” inadmissível em nossa concepção de virtudes maçônicas. Não magnifiquemos o que não precisa de magnificação. Pelo mal entendido peço perdão ! . . .
Quanto ao título que menciona para o anexo que na verdade se intitula de “O sentimento da Verdadeira Amizade”, postulados que intrinsecamente comungo, não entendo verdadeiramente quem o tenha escolhido, nem a independência ou inferência internética eventual e como pode aparecer na circular referida, enviada a todos os irmãos e a outros dos muitos ouvintes à palestra assistentes, que me solicitaram o seu envio. Aos que receberam o envio, reenviarei a presente.
Receba querido e respeitado irmão, com o meu reiterado apreço, confrade Amigo e presidente, o meu fraterno Abraço,
Erasmo"
O SENTIMENTO DA VERDADEIRA AMIZADE
Erasmo Figueira Chaves
Amizade verdadeira é
pleonasmo. Amizade não pode admitir dubiedade. Autenticidade é sua
essencialidade. Apenas quero agregar
mais valor ao que se pretende expressar.Obediente à bondosa sugestão do
temapelo nosso Presidente da APML Archimedes Baccaro, que já não tão afável mas
sempre benigno, levando em contalúcido e fiel a administração do tempo, lembra-me no
entanto da necessidade de considerar a brevidade e limitação do mesmo, ponderando
prudentemente, com minúcia obviamente, a paciência dos ouvintes, embora
certamente admita, como eu sinceramente,
estarem todos os presentes naturalmente imbuídos do sentimento de simpatia,
compreensão, interesse,condescendência, benevolência, amizade e, portanto livres,como fraternos
cultores de Verdade e afeição, democraticamente adeptos cultivadores do santo
atributo da paciência, virtude tão rara,teço então algumas considerações sobre
o sentimento da verdadeira amizade e, transcendência, que hoje nos
congrega a todos.
Na
fraternidade da Maçonaria temos por princípio e costume imemorial tratar e
considerar a todos os seus integrantes entre si, como “IRMÃOS”, pressupondo
natural e grandiosamenteo tratamento espontâneo entre uma respeitosa amizade
intrínseca, que tem um significado muito próprio, sem impureza ou defeito, de
um todo essencial vivencial,um genuíno SENTIMENTO forte cultivado, uma
fraternidade alimentada seriamente com naturalidade, por valores subjetivamente
assentes e consentidos,essência de algo superior inerente e transcendente,
votado e solícito à compreensão, sentimento real, autêntico, independentemente
da relação com outras coisas ou circunstâncias, hipoteticamente imune a quaisquer
desavenças, chuvas e trovoadas, embora saibamos objetivamente muito bem, como
seres humanos de ego ainda em evolução, na vida prática comume na profanidade, haverem
irmãos sangüinos que não são Amigos, desde os primórdios em que surge a
humanidade (vejamos por exemplo, a ironia de Caim “Sou eu acaso o guarda de meu
irmão?”na famosa história de Caim e Abel e na do filho pródigo) que naqueles
começos evolutivos, na tomada de consciência de seu ego imediatista, em nada
superado nem espiritualizado, um tanto ou bastante inculto, primário, se
tomarmos com lucidez, objetividade e verdade científica a Teoria de Darwin, se
comportam primitivamente, (na concepção de que o processo evolutivo não se
restringe apenas à mera evolução física, que nos faz reconhecer-nos visual e
instantaneamente como somos ou parecemos, mas constitui-se em processo contínuomilhenar
de crescimento integral paulatino e constante da consciência e administração
inteligente do ego, do seu condicionamento perceptivo à transcendência, esse
fator tão importante e fundamental de que está o processo evolutivo constituído,
que vislumbra, sem parcialidade e pragmaticamente, no compasso e pêndulo dos
milênios inevitavelmente, a progressiva compreensão daética e a moral, o BEM e o MAL, a interdependência, o
BEM COMUM) e,por outro lado, constatamos haverem inquestionavelmenteAmigos,
seresque se revelam verdadeiras expressões práticas bem evoluídas de racionalidade crescente de fraternidade
humana, impulsionando-a a patamares civilizatórios, responsáveis,
compreensíveis racionalmente. Princípios
e padrões que nos têm levado historicamente, com todas as nossas limitações e
tropeços do ego, a subir os degraus da civilização alcançando patamares de
esperançosa dignidade humana, como a abolição da escravatura, os direitos
humanos, a ideia da igualdade, a consciência do BEM COMUM, a interdependência
real, a estruturação de instituições como a ONU, em busca da Paz Mundial, etc.,
etc.,ideais em que a Maçonaria em geral, no mundo inteiro, tem contribuído de
forma decisiva a implantar exemplarmente, como a que se configurou concretamente na República Democrática, em que os
postulados de Liberdade, Igualdade, fraternidade, lobrigaram e se estabeleceram
definitivamente com racionalidade evolutiva, não importa os tropeços iniciais, tropeços
oriundos de nossa ainda insuficiente experiência humana,em que afinal reconheçamos,
todavia estamos envolvidos, ambicionando ainda e sempre o esclarecimento e luz
do “Renascimento”ou nascimento constante, em pleno século XXI, propiciando
esperança e elucidação a uma humanidade imersa em milênios de
escuridão e limitações pela falta de educação da mente e do espírito,
insuficiências ou restriçõesde toda a ordem e pela noite imensa da ignorância
que ainda nos rodeia. Esperando contudo
que a mensagem do Grande Mensageiro, no famoso e decantado SERMÃO DO MONTE,
produza a verdadeira germinação da evolutiva semente profética, síntese do
cristianismo, e intrinsecamente inspiradora
da sublime dignidade nos ideais democráticos humanitários: . . . “Haveis ouvido que foi dito, olho por
olho e dente por dente, mas um novo mandamento vos dou: Amai-vos uns aos outros”
. . .
Assim,
vamos chegando a lobrigar pouco a pouco a coerência e racionalidade humanitária
nos exemplos de vida de grandes reformadores, inspiradores de grandes avanços
transformadores, mensageiros e líderes a que o mundo assiste, sem qualquer
ironia, em candura e luminosidade de sentimentos, na busca de inteligente
resposta e concretização cheia de sentido para a vida humana, na marcha lenta e
milenar evolutiva:na interpretação e aplicação pragmática de : “I have a dream”
“Eu tenho um sonho” de Luther King, de Gandi com sua resistência pacifica, do
grande símbolo da Africa do Sul, Mandela. E agora a grande esperança da fala
cândida e proficuamente carismática, do Papa, que foi buscar ao século XIII, a
inspiração na vida, propósitos e dimensão de um São Francisco de Assis. Perguntaram certa vez ao Dalai Lama:“O que
mais te surpreende na humanidade? E ele respondeu: A incoerência dos Homens !!! . . . porque
perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro,
esquecem do presente de tal forma que acabam por não viver nem o presente nem o
futuro. E vivem como se nunca fossem
morrer . . . e morrem como se nunca tivessem vivido !!! ! . . .
Bernard Shaw, um dos primeiros ganhadores do prémio Nobel de literatura,
diz-nos: Você vê as coisas como elas são e pergunta porque? Mas ouso sonhar
coisas que nunca foram, ou jamais existiram, e pergunto: Porque Não?
Conclusão:
Faz-se imperioso, precisa a humanidade não tão somente apenas de lucidez e
sentido, razão e ética, aspirações e sonhos, sentimentos, lealdade e
autenticidade de coerência evolutiva, mas de ação prática vivencial, testemunhal,
intencional, com a qual nos tornaremos competentes, congruentes exemplares e efetivos
contribuintes técnicos, eficazes, harmônicos nesse ciclo interdependente
interminável do fantástico universo que
nos abriga e no qual habitamos ou nos encontramos. Por isso o simbolismo
maçônico de irmandade, assumindo eventuais dificuldades, imperfeições e
imprevistos da convivência, é tão vital,
tão importante, levado a sério,
como vitais são os problemas
colocados na mesa, com franqueza, no
seio e intimidade da família humana, com
honestidade, confiança e humildade em busca de acerto, do exequível e inspirado
rumo. A importância da verdadeira AMIZADE, da irmandade e respeito aos ideais
da Maçonaria são tão vitais como vitais são o alimento, o pão nosso de cada
dia.
Leio-lhes alguns pensamentos sobre o tema da
AMIZADE
De
Ralph Waldo Emerson:
"Um amigo é uma pessoa com a qual se pode pensar em voz
alta." (Ralph Waldo Emerson, pensador norte-americano)
"Acima de tudo, na vida, temos necessidade
de alguém que nos obrigue a realizar aquilo de que somos capazes.Eis o papel da amizade." (Emerson)
E de autores anônimos:
"Bons AMIGOS são
difíceis de encontrar , mais difíceis ainda de deixar , e impossíveis de
esquecer." (Autor
desconhecido)
"Algumas pessoas
fazem o mundo ESPECIAL só de estarem nele." (Autor desconhecido)
"Todos ouvem o que
você diz. Os amigos escutam o que você fala. Os
melhores amigos prestam atenção ao que você não diz". (Autor desconhecido)
melhores amigos prestam atenção ao que você não diz". (Autor desconhecido)
"A
Lua às vezes tem o formato de vírgula para mostrar que nem no infinito a
Amizade e o Carinho tem um ponto final." (Anônimo
O
grande Fernando Pessoa, aparentemente um não professo, diz-nos em um de seus
maravilhosos poemas cheios de conteúdo e significado:
“DEUS
QUER, O HOMEM SONHA, A OBRA NASCE” ! . . .
E
porquê a Obra Maçônica nasceu, estabilizou-se e expandiu-se ? Porque estava sinceramente vocacionada a
SERVIR, a dar-se, que é o LEMA,o mandamento sublime do CRIADOR, do G:A:.D:.U:.,
através de seu amantíssimo filho: “Não vim para ser servido, mas para SERVIR !
. . . ” Para olhar, viver, conviver, compartir com o meu próximo ! . . .
Estes
extraordinários lemas de análise sociológica transcendente da justiça, do
dever, do amor e daação que transcende a natureza física das coisas, têm tido
no tempo a preocupação de vários expoentes das letras e da inteligência,
dádivas sublimes do pensamento e do espírito pragmático da ética e da
moral, como no privilegiado intelecto
de outro grande vate glorificador e estruturador de nossa língua pátria, essa
maravilhosa, com a qual hoje nos comunicamos, que nos diz, lavrado lá pelos
idos de 1550, apenas cinquenta anos após o descobrimento do Brasil, o
extraordinário Luiz Vaz de Camões, exarado com amor crítico, concretado no
famoso “Lusíades”, dizendo-nos com aguda
percepção sócio psicológica, em seu “Ao desconcerto do Mundo”, falando à
eternidade, conclamando à consciência
evolutiva:
“Os
bons vi sempre passar no mundo graves tormentos. Mas para mais me espantar, os
maus vi sempre nadar em mar de contentamentos.
Buscando alcançar assim o “BEM” tão mal ordenado, fui mau, mas fui
castigado. Assim que só para mim, anda o
mundo concertado !. . .
Verdadeiro
e inexorável lamento, sentimento de frustração sem dúvida, comparável talvez
com aquela sublime expressão do Grande mensageiro de todos os tempos, quando em
pleno humano sofrimentoimplora ao G:.A:.D:.U:., soltando a impressiva e humana
expressão de sua frustração, na oração às vésperas do seu inigualável martírio:
“Pai, se é possível fazer passar de mim esse cálice . . . e, logo
recapacitando-se de sua missão espiritual transcendente, completa, rendido à
TRANSCENDÊNCIA exclama: mas faça-se a Tua Vontade !!! . . .” . Sentimento Santo de “perda”mas perda
“vitoriosa”, pois tinha uma MISSÃO exemplar a cumprir: a MISSÃO de “SERVIR” em
primeiro lugar: Servir de exemplo à transcendência do Bem e do Amor universal
humanitário, à irmandade que proclamava, ante a corriqueira mentalidade geral irônica e
cômoda do “não me comprometas”, exemplo de transcendência do BEM e do AMOR, que realizam no tempo histórico a
evolução, a superação da matéria egocêntrica animalesca, aos princípios mais elevados redentores da edificação da humanidade e da
irmandade, à verdadeira, consciente e responsável JUSTIÇA, da Liberdade, Igualdade, Fraternidade, à
virtude e vitória de postulados sobre a ignominiosa injustiça da crassa e rude
ignorância, a corrente obnubilação do pensar sério, PENSAR compenetrado, à assunção de missão e responsabilidades, à confirmação da supremacia dos valores
superiores do espírito transcendente, do caráter espiritual sobre oimediatismo
da matéria, a vilania do mal, do erro e do natural primitivo egoísmo crônico.
Que
lenta é a evolução !!! Que lerda !!! E no entanto para o convicto homem de bem,
seja um maçon ou homem de autêntica fé, essa ação lenta e milenária imensa, mas
profícua afinal, já chegou, revelou-se
na generosa e esperançosa crença em um G:.A:.D:.U:. que atua no tempo e na
história, não importa quanto tempo leve,
através da ação inteligente de seus verdadeiros agentes fatores,
SERVIDORES, trabalhadores humildes, construtores, verificando com visão
crítica, honesta e sã, identificando onde o mal
está e age e como age, SUB REPTICIAMENTE,contrapondo-se estruturalmente
com os remédios balsâmicos do exemplo pessoal, individual, vivencial e da
análise dialogante abalizada: Assim historicamente já assistimos a subir alguns
significativos degraus nessa imensa escala, à conquista da abolição da
escravatura, aos postulados propalados dos direitos humanos, corolários da tão
brilhante aspiração iluminista da Liberdade, Igualdade, Fraternidade, plenos de
humanidade, aspiraçãode civilização. Mas
ainda é pouco !!!
Voltemos
entretanto a citar Camões, ao seu visualizar intelectual em pleno século
XVI, os males do atraso e da corrupção que ainda nos limitam tanto:
“.
. . No mais, Musa, no Mais, que a Lira tenho destemperada e a voz enrouquecida,
e não do canto, mas de ver que venho cantar a gente surda e endurecida.
O
valor com que mais se acende o “ENGENHO”, não no dá a Pátria não, que está
metida, no gosto da cobiça e na rudeza, de uma agastada, insana e vil tristeza
! . . .”
A
quem Camões, em pleno século XVI está dirigindo sua mensagem ? Apenas aos seus contemporâneos,?ao Rei,?à nobreza ?ao seu vizinho da esquina? ou
à eternidade, cujo vibrante quanto empolgante conteúdo profético podemos aferir
hoje, mais de 450 anos depois, em nossa presente sociologia? Não nos diz tão
pessoalmente nada? Tão particularmente aos nossos ouvidos e consciência
evoluída? Não nos conclama a meditar, a repensar-nos? . . . A conscientizar-nos? . . . A evoluirmos?
Eis
a lucidez do espírito, que nos orienta e responsabiliza na crítica a combater a
injustiça, a corrupção, o enrustido egoísmo do atraso “involutivo” e a produzir
a Libertação da ignominiosa ignorância, tão latente ainda, que perversa e
primitivamente presente, tanto dificulta e impede o estabelecimento da
concórdia, da compreensão, do perdão, da lucidez, da honradez,da união, da Paz,
da bondade, do exercício inteligente dos
recursos da mente construtiva, da aspirada e tão ambicionada EDUCAÇÃO, ORDEM E
PROGRESSO, que nos trará autêntica Paz,
a lúcida noção do combate à nefasta corrupção de mentes e bens, do verdadeiro “Reino de Deus” na terra.
Como
vêm, caros irmãos dos diferentes credos religiosos e confissões cristãs ou não
cristãs,irmanados em autêntico, natural, real, generoso, prático e espiritual
ecumenismo, na necessária e pragmática análise da longa marcha evolutiva,
histórica, geológica e arqueologicamente comprovada pela teoria do grande
agente de Deus, que se chamou Darwin, a conquista de patamares de dignidade,
civilização e humanidade, que afinal não nos têm faltado desde os primitivos
tempos de Abraão, Moisés, Mahomé, Buda, Jesus,
pensadores, atores sensíveis ao espírito transcendente, contribuintes intelectuais
e cientistas, revelações ao processo de PENSAR, de PENSAR BEM, com
racionalidade e inteligência, a buscar praticar e visualizar a concepção da
JUSTIÇA, O BEM COMUM, sensibilizações metafísicas, luz, visão da maneira
pessoal de avaliar e aperceber aquilo que é vital, direito, certo, que é justo, EQUITATIVO, imparcial, o princípio moral em nome do qual o direito
deve ser entendido, longânime e respeitado,
luminares extraordinários inspirados na orientação transcendente até os
dias de hoje, através dos autênticos profetas, religiosos, sábios, filósofos,
professores, cientistas, escribas, pensadores e poetas, exemplos de humildes
servidores, padrões de moralidade e ética,
em inspirações práticas, palavras edificantes, vidas e dedicações
abnegadas, técnicas, lúcidas, literárias, em respeito e coerência à essência das normas, valores, virtudes,
prescrições e exortações que verdadeiramente nos conscientizem e orientem,
inspirada visionária e inteligentemente, das qualidades morais particulares
dignificantes da cândida pureza, das beatitudes, a serenidade evocada pela
contemplação da beleza da natureza, das boas qualidades, da culta tendência
inata para as boas ações na sanidade do espírito, justificantes de nossa realidade evolutiva,
da bondade imanente, como verdadeiros
seres humanos, e não coisas andantes, instáveis e imprevisíveis, susceptíveis a
entusiasmos epidérmicos momentâneos como fogo de palha, em pró ou contra alguma
coisa sem profundidade consequente, atribuindo-nos com aparente e imodesto
orgulho, arrogante ou vaidosamente, estar à cabeça de todo o espectro dessa
evolução, dessa fantástica criação, dotados
de inteligência e razão, tendo sido concebidos “nada mais nada menos”, à imagem e semelhança
do Grande Arquiteto do Universo.
Pretenciosismo? Ou desafio de um
ego, eternamente proposto à aspiração responsável mais sublime ? . . . Mas na realidade objetiva dos fatos e da
imensa, imemorável história, muito embora reconheçamos algumas importantíssimas
e relevantes expressõesdessa evolução fantástica, carecemos, e como carecemos,
em termos de humanidade e civilização, do padrão aspirado e amadurecido da
RESPONSABILIDADE consciente, individual e coletiva sobre questões básicas tão importantes como
maturidade, maturidade, interdependência, liberdade, igualdade,
fraternidade, responsabilidade. Nada a
ver com naturais interesses pessoais e tendências egocêntricas, hereditárias,de
sub-reptícia manifestação e escondida autenticidade. De certa forma, aqui ou ali, ainda aparecem,
e como,estigmas de imaturidade, impressivos resquícios, explosões e expressões
egocêntricas tão característicos de nossa primitiva origem. Permanecem claros
vestígios concretos, vívidos e dantescos documentos do “troglodita”, no rápido
instintivo e inculto concluir ou no agir impensadamente, no deixar aflorar,
extravasar, emotiva e desbragadamente um ego descontrolado pela ambição
desmedida, imediatista, fatores ineludíveis, a que o SER ou o não SER,não se
furta ou esquiva, que permanecem
animalesca e coletivamente em nós, por
mais que tentemos ignorá-lo por rejeição, obnubilação, ignorância, preconceito,
superior pretensão, arrogância, atraso, instintivo horror, repúdio,
auto promoção, inadequada magnificação nas manifestações de um ego ainda
primitivamente inconsciente, indomado e inculto, ou incapacidade de auto análise. Haja visto as
manifestações populares expressas com bela proposta de discussão ou diálogo
pacíficos, que resultam a seguir em vandalismo descontrolado e depredações
irreparáveis do bem comum.
A nossa responsabilidade para com a Vontade de
Deus criador, o inspirador eGrande Arquiteto de todas as coisas, ante a
tremenda dimensão da compreensão do universo cósmico em que estamos inseridos,
ou da inteligência, dimensão e potencialidades do universo espiritual
potencialmente à disposição de nossa mente, sensibilidade e coração, a nossa ansiedade por bem estar pessoal ou
coletivo por pureza, intenção e desejo de vivê-la existencialmente, obedecê-la, aparece comprometida, teórica,
obnubilada, na fragilidade psíquica de
meros seres humanos em evolução, que ainda naturalmente ainda somos e, disso orgulhosamente
não nos conscientizamos ou nos instrumentalizamos, achando-nos
seres já perfeitamente acabados, o que não nos é fácil lucidamente discernir
coletivamente, envoltos como estamos em meio aos milênios passados e aos do por
porvir, uma vez que “prioritárias razões imperativas do ego, geralmente
obnubilado ou inculto”, meras razões atribuídas a superar quaisquer outras
razões do coração, segundo Pascal, que nos tornam obreiros preguiçosos na
prática, hesitantes em executar, realizar
vivencialmente o que só a irmandade humanitária promete, produzindo-se essa
consciência anômala a pairar num limbo, num estado de indecisão, incerteza,
indefinição em um ser superiormente dotado e vocacionado a tanto, aspiração
grandiosa e sublime, que no entanto deixa tanto e muitíssimo a desejar. Falta-nos valor para perdoarmo-nos e
reargirmos à ignorância que ainda nos cerca com lucidez? Falta-nos valor para
admitir, reconhecer e dar exemplo coerentee testemunho insofismável de que somos verdadeiramente os únicos seres
cósmicos com potencialidade e capacidade
de compreender e sonhar, com dimensões indescritíveis sobre o nosso dever
humanitário, unidos na irmandade de sonhar utopias, semear realidades, de
produzir e propiciar unidade, igualdade e justiça para a consecução da
irmandade fraterna universal? Meus queridos irmãos:qual a nossa inserção
positiva, real, responsável, consciente no contexto contagioso político? Que
realmente significa o poder divino que emana do Povo, organiza-se Pelo Povo e
age para o Povo? Para a redenção de quê ?
Onde fica a nossa individual liderança crítica e exemplo? A quem
conscientemente damos nosso voto? Isto talvez nos acomplexe pela dimensão
exigida, pela ansiada esperade orientação definitiva que só a EDUCAÇÃO da mente
e do caráter propiciará, complexidade a induzir-nos, fazendo-nos
sorrateiramente driblar princípios, de assumir realidades não tão aliciantes de
nossa conduta, enaltecendo o ego geralmente inculto e circunstancialmente
limitado egoisticamente , evitando errática, consciente ou inconscientemente, o tremendo desafio que
recai sobre nossos ombros: o de sermos artífices SERVIDORES e não apenas
vítimas indefesas usufruidores das migalhas que caiem da mesa, mas semeadores
em terra ávida e fértil, autores, atores convictos, interpretes de uma
realidade a propalar e, não apenas a de meros usufruidores, mas de verdadeiros
pedreiros, escultures, brunidores, construtores da concreção dos ideais e convicções em que genuinamente
cremos: a Obra TRANSCENDENTE do espírito, nascida do QUERER divino, com a qual
sonhamos a dar razão concreta e testemunho insofismável aos nossos anseios de
bem, nossa aspiração de um correto, digno, coerente, estimulante DESTINO
HUMANO, a grande Obra dos milênios do GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO.
Assim o define o grande homem de Letras de
nossa língua Pátria,Fernando Pessoa: “Deus quer, o Homem sonha, a Obra nasce”!
. . .
E
termino com uma breve reflexão poética, que não se aplica ao nosso dourado
sonho de IRMANDADE, eque intitulei:
T R O G L O D I TA
Será mesmo que regredimos?
Que regressamos à época das cavernas?
Que depois do Progresso pretendido e tantos
mimos, não passamos de meros sustentáculos sobre pernas?
Em que o cérebro não preside,
Apenas assiste, não governa,
Meramente assente, consente ou decide
Onde acaso nos levem instintos à
baderna ?
Premeditado, inconsciente ou conveniente
acinte ?. . .
Em que ausente coração não
aperceba da ética
fundamentos e, dessa dimensão
trágica não ressinta?...
Melhor viver na Capadócia,
Ou nas cavernas de tépida temperatura
Grosseira e ingénua da Beócia,
Que exigir digna mente em tanta agrura na cultura ? .
. .
E o troglodita ressurge impávido e sereno
Militando direitos, poder, conforto, jamais
deveres,
Apresentando-se ainda tosco, ignorante, desumano, ou
obsceno,
ignorando em seu ego o crescimento, cultura, saber,
educação, dever e construtivos afazeres ! . . .
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