Erasmo Figueira Chaves
Se aldrabões, rimam com
ladrões, vilões, mandriões, bufões, encenações, confusões, manipulações,
corrupções, mas não com Virtude, pulcritude, atitude, beatitude,
mansuetude, muito menos com Verdade, Bondade, Acuidade, Sanidade,
Probidade, Dignidade, Hombridade, Proximidade, Santidade, na liberdade
usual com que se manipula a gramática ao belo prazer de qualquer
apdeuta, como enaltecer a política, os políticos, ou os seres que
vivem automaticamente em multidões, sem profundidade de PENSAR, sentindo
apenas egocentricamente, em Poema simbólico naquilo que tanto aspira o
povo, num governo do Povo, para o povo e pelo povo, na República
Democrática? . . .
Ora direis: Se "ões", não se coadunam nem se misturam
ou sintonizam pela lucidez harmônica dos símbolos gráficos com
"udes" e similitudes, mas antes se contrapõem completamente a "ades"
das verdades puras e simples, na essência dos significados mais
descritivos e éticos vividos pessoalmente pelos personagens que
manipulam a gramática pátria e, isto expressa em Verdade a conspícua
realidade da impossibilidade e incompatibilidade de convivência pacífica
da ética com a lógica verbal gramatical, com o verdadeiro, perene e
transcendente valor das palavras e da harmonia das mesmas com a conduta
pessoal dos seres humanos, com o verdadeiro casamento e conjugação
expressiva dos valores em jogo, o AMOR à transcendência da verdade, às
virtudes, à cultura da Pátria e da terra onde nascemos, à família que
se amplia ao próximo, à consciência evolutiva civilizadora,
assumindo-se responsabilidade, definindo-se corajosamente, separando
joio do trigo, maldade ou bondade na formulação e caráter intrínseco
às definições, conspurcações, manipulações, conspirações com que a
política desvirtuada em geral costuma contradizer-se, no uso e abuso
inconsequente tão "liberal" de expressões, simbolismos e significados,
admitindo-se "ingenuamente" a superficialidade e confusão de termos e
atitudes, implícitos à necessidade inegável de proselitismo, tantas
vezes infundado, que representam apenas a incoerência entre o dito e o
que se anseia deformadamente representar. Hábito praticamente
inconsciente, inconsequente, insolente uso indevido ou inadequado das
palavras, o embarelhamento das mesmas e das atitudes, dos simbolos e
testemunhos condizentes, que revelam gritantemente, ao desperto e
integro analista, antes de qualquer outra coisa, o estágio
civilizatório, a falência de tudo e ou que signifique claridade
insofismável na sociedade, na seriedade com que a Vida evolutiva, não
estacione, que a mesma precisa imprescindívelmente ser vivida, praticada
e coerentemente dignificada !!! . . . Diálogo, por exemplo, não
pode existir, subsistir, frutificar, na manipulada esperteza da
Mentira !!! . . . Não se coadunam nem rimam.
Erasmo Figueira Chaves
Cabreúva, 6/11/2014
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