Erasmo Figueira Chaves
“Palavras, levam-nas o vento”? . . .
Que posso fazer com elas,
Se com elas ou sem elas,
Sem muito bem entendê-las,
Sem na verdade, senti-las,
Quase sempre, me equivoco !!! . . .
Palavras são meras palavras
Se não dizem sentimentos,
E, estes sim, são as lavras
A brotar entendimentos.
É o vinho de minhas parras,
A terra que dá proventos,
São os campos sem as travas
à produção de alimentos
É proteção com que salvas
O pão, do sopro dos ventos,
Noção de que certo estavas
ao ponderares lamentos
Ao mandar sintoma às favas,
Quando surgiram tormentos
Não gratos que alimentavas,
Nãogerminaram proventos
Palavras, com que sonhavas
Aexprimirsãos intentos,
Ao sentir vivências alvas
Como a neve,puras, brancas,
Que recordo, e a elas concedopalmas
saudáveis a tãogratossentimentos,
Sem poder só com palavras
Expressar doces momentos.
Palavras, jamais as levam os ventos,
Nem esperemospor certo, que nos tragam porsi só,aprazíveisadventos,
Portentosos,simples,simpáticos, eternos eventos ou doces momentos,
satisfações brincalhonas, inconsequentes, imediatistas, egocêntricas,
nem o assentimento de quetoda averdade é, a de que ”para bom entendedor meias palavras bastem”,
Mas se forem autênticas, presentes em sua santa inocência, sanidade e cândidahumildade,
Se em pulcritude, autenticidade, conspícua intençãonão se mintam e, se não mintam de fato,
quandogenuinamente, sem tergiversar,intentem transmitir verdade maduramentesentida,
aos que verdadeira e profundamente sintam, sentem ou dela muito dependam,
a dizer coisa comcoisa, sem que a mentir manipulem a mentira
Do pretensocaráterque asmotivou, encorajou, empolgou ouas formou ! . . .
Há tantas coisas quesem dúvida “não valema pena,”
Mesmo“quando aalma não seja pequena”
Sobretudo quando esta se apequena
Ante a tremenda dimensão, transcendênciae desafio em que a comunicabilidade da palavra,
Moral, estética eeticamente o exijam,
Muito além da “interminável”,luminosidade da luta pela
Liberdade, Igualdade, Fraternidade,
Para que não seja apenas balofa conversa.
Como tecnicalidade sofisticada, a palavra ardilosa, sutil e construtora,
Através da qual o ideal, o bem e o mal, a justiça, a injustiça e a irresponsabilidade se realizam,
Que a teórica Justiça Social e o Amor ao próximo, superficialmente sentidas,
Tão veementemente vulgarizam.
Vocalização ou escritura, mais além da politicagem vazia, oportunisticamente usávelpela
conveniência partidária, monetária ou jurídica,
em que a palavra com a sua enorme potencialidade poderosa, é também a grande vítima, ao
mesmo tempo indizível, inefável recurso, meio e influência,
é também ferramenta do descrédito, da corrupção, da falsa promessa,
da vil eúnica conveniência incrustrada no âmago, no cerne, na essência,
de quem mal formado, ruinosamente motivado, momentânea ou costumeiramente amanipula
utilitariamente em proveito próprio, fundamental e exclusivamente.
E o diálogo bem motivado pela palavra, imparcial e honesto? Tão caro e grato ao espírito bem intencionado, desprevenido, a limar eventuais arestas ou linguagem rebarbativa, sem qualquer resquício preconceituoso, em busca do BEM COMUM, do entendimento harmônico, da razoabilidade, do amor genuinamente exigível à boa comunicação dialogante? Em geral, saem usualmente conclusões frustradas, maior distância entre os contendores, por melhor que seja o esmero que haja no uso da palavra exata, sensível ou treinada, visualizando interesses evolutivos e dignificantes comuns, a prevalência da razão transcendente, que ao “coração dá razões que a própria razão desconhece”, no dizer do importante sábio cientista e filósofo Pascal. Prevalece sim em geral o egocentrismo, o interesseiro e calculado mutismo, o bisbilhoteiro egoísmo natural potencializado, a inconsciência amorosa, a afirmação inamovível de um “EU IMPEDERNIDO” tantas vezes inadvertido, nada disposto a concessões.
Mas há esperança? Será a palavra tão pouco confiável, tão desprezível e vã? . . .
Afinal, torna-se e é imprescindível para imprimir, indagar, divagar, propalar
e ousar definir o destino humano,tão coerente como possível, que almejamos, ainda indefinido!.
É com a palavra e o exemplo que se prega a fé e o evangelho!!! . . .
Na desenvoltura com que ignota e criativa imagem esotérica se engrena,
Na hipotética ilusão da coerência, pertinência e lógica da função gramatical, em que a
palavra seja o instrumento comunicativo sagrado, a serviço do BEM evolutivo civilizador,
embora às vezes traga consigo um sentido perturbador, que cabe a cada um distinguir,
cirandar, separar o joio do Trigo,
O Sonho probo da palavra honesta, o decoro, a decência, o sentir legítimo,
unindo-seindelevelmente em sincera expressão de natural autenticidade,
da boa e clara manifestação do pensamento, compreensão e entendimento, que infelizmente
não tem havido, não se tem visto, inconfundivelmente em perenidade, sem sub reptícios
exercícios de linguagem suspeitosa,
praticamente,desde os tempos da Torre de Babel,
fazendo-nos abrir a boca fastidiosamente.
Mas, sejamos generosos, bondosos conosco mesmo, permitamo-nos sonhar,
sondar por um relâmpago de tempo e inspiração,
um sonho tão bem sonhado pelos que sabem sonhar, que nos
impregne de ternura,desvelo, mesura,bondade, racionalidade evolutiva civilizadora
a entrelaçar-se, a imiscuir-se na infinita e profunda contemplação da ação criadora dos milênios,
sem permitir-nos medir essa inestimável grandeza com a vulgaridade material
do comuníssimo instrumento calculador denominado trena, a medirmeras vantagens,
egocêntricas, materiais, pretensões e vulgares demandas “involutivas” do nefasto atraso,
da estatura morale ética de nossa ainda imberbe humanidade ,acompanhados das
considerações Republicanas e divinas do BEM COMUM, mas
sobretudo, sem ilusionismo a esfumar-se no tempo, a desanuviar-se,a transcender e
florescerna paisagem bucólica de uma tarde amena,
Cheia de verdade, plenitude, candura,desvelo
a tornar possível o olhar irrestrito de amar o amor, de exercê-lo, de praticá-lo evangelicamente
como preceitua o Sermão da montanha,
ao poder enxergar, visualizar, lobrigar verdade sublime, na silhueta e contorno das montanhas
recortadas contra desmaiado azul celeste,de um céu semeado de algodão em nuvens de paz, um
Sol essencial, imprescindível, brilhante e acariciador, irradiando o longínquo poente
que enche de raios refulgentes a espargir fotossíntese, alimentadora da vida, vívidas cores vitais,
profusão exuberante em diferentes matizes de verdes, amarelos, marrons e medianos tons,
aves, aves aos montões, as mais diversas a estenderem-se sobre toda a terra, onde correm rios
caudalosos, riachos e córregos cantantes, que se visualizam, lentos ou rápidos, cachoeiras
ou corredeiras a buscar o caminho do imenso mar, onde a mesma vida pula e galga obstáculos
com veemência indizível,
o incomensurável firmamento a esconder estrelas infinitas, mistérios a inspirar poetas, o luar, a
brisa, o aroma, o liberado tatearem rugoso casco de uma árvore centenária das florestas
imensas,o apreciar a surdina vital em que a vida explode,
que em silêncio simbólico imensurável, simultaneamente se expressa e se realiza,
sem nos perguntar, inquerir, indagar, nem esperar de nós a mínima resposta,
a tudo assistindo sem se queixar, suplicar ou protestar por recebidos maus tratos.
Esse eterno feérico brilhar com que a natureza acena,
Aí, na introspecção, em silêncio, em pureza e perceptibilidade do honesto sentir,
vai descobrir-se o valor da cena,
vai dar-se sentido ao vocábulo, ao seu significado e transcendência,
ao sentir verídico transcendente e substancial da palavra,
A incomensurabilidade, a imensidão, a claridade, a descrição perfeita da palavra proba, honesta,
Certa, a intuir, a perceber, a conceber, a conscientizar, a descrever, a sensibilizar dignidade,
Plenitude, autenticidade, respeito, transcendência irrecusável e plena !!! . . .
Cabreúva, 18/5/2014
Que posso fazer com elas,
Se com elas ou sem elas,
Sem muito bem entendê-las,
Sem na verdade, senti-las,
Quase sempre, me equivoco !!! . . .
Palavras são meras palavras
Se não dizem sentimentos,
E, estes sim, são as lavras
A brotar entendimentos.
É o vinho de minhas parras,
A terra que dá proventos,
São os campos sem as travas
à produção de alimentos
É proteção com que salvas
O pão, do sopro dos ventos,
Noção de que certo estavas
ao ponderares lamentos
Ao mandar sintoma às favas,
Quando surgiram tormentos
Não gratos que alimentavas,
Nãogerminaram proventos
Palavras, com que sonhavas
Aexprimirsãos intentos,
Ao sentir vivências alvas
Como a neve,puras, brancas,
Que recordo, e a elas concedopalmas
saudáveis a tãogratossentimentos,
Sem poder só com palavras
Expressar doces momentos.
Palavras, jamais as levam os ventos,
Nem esperemospor certo, que nos tragam porsi só,aprazíveisadventos,
Portentosos,simples,simpáticos, eternos eventos ou doces momentos,
satisfações brincalhonas, inconsequentes, imediatistas, egocêntricas,
nem o assentimento de quetoda averdade é, a de que ”para bom entendedor meias palavras bastem”,
Mas se forem autênticas, presentes em sua santa inocência, sanidade e cândidahumildade,
Se em pulcritude, autenticidade, conspícua intençãonão se mintam e, se não mintam de fato,
quandogenuinamente, sem tergiversar,intentem transmitir verdade maduramentesentida,
aos que verdadeira e profundamente sintam, sentem ou dela muito dependam,
a dizer coisa comcoisa, sem que a mentir manipulem a mentira
Do pretensocaráterque asmotivou, encorajou, empolgou ouas formou ! . . .
Há tantas coisas quesem dúvida “não valema pena,”
Mesmo“quando aalma não seja pequena”
Sobretudo quando esta se apequena
Ante a tremenda dimensão, transcendênciae desafio em que a comunicabilidade da palavra,
Moral, estética eeticamente o exijam,
Muito além da “interminável”,luminosidade da luta pela
Liberdade, Igualdade, Fraternidade,
Para que não seja apenas balofa conversa.
Como tecnicalidade sofisticada, a palavra ardilosa, sutil e construtora,
Através da qual o ideal, o bem e o mal, a justiça, a injustiça e a irresponsabilidade se realizam,
Que a teórica Justiça Social e o Amor ao próximo, superficialmente sentidas,
Tão veementemente vulgarizam.
Vocalização ou escritura, mais além da politicagem vazia, oportunisticamente usávelpela
conveniência partidária, monetária ou jurídica,
em que a palavra com a sua enorme potencialidade poderosa, é também a grande vítima, ao
mesmo tempo indizível, inefável recurso, meio e influência,
é também ferramenta do descrédito, da corrupção, da falsa promessa,
da vil eúnica conveniência incrustrada no âmago, no cerne, na essência,
de quem mal formado, ruinosamente motivado, momentânea ou costumeiramente amanipula
utilitariamente em proveito próprio, fundamental e exclusivamente.
E o diálogo bem motivado pela palavra, imparcial e honesto? Tão caro e grato ao espírito bem intencionado, desprevenido, a limar eventuais arestas ou linguagem rebarbativa, sem qualquer resquício preconceituoso, em busca do BEM COMUM, do entendimento harmônico, da razoabilidade, do amor genuinamente exigível à boa comunicação dialogante? Em geral, saem usualmente conclusões frustradas, maior distância entre os contendores, por melhor que seja o esmero que haja no uso da palavra exata, sensível ou treinada, visualizando interesses evolutivos e dignificantes comuns, a prevalência da razão transcendente, que ao “coração dá razões que a própria razão desconhece”, no dizer do importante sábio cientista e filósofo Pascal. Prevalece sim em geral o egocentrismo, o interesseiro e calculado mutismo, o bisbilhoteiro egoísmo natural potencializado, a inconsciência amorosa, a afirmação inamovível de um “EU IMPEDERNIDO” tantas vezes inadvertido, nada disposto a concessões.
Mas há esperança? Será a palavra tão pouco confiável, tão desprezível e vã? . . .
Afinal, torna-se e é imprescindível para imprimir, indagar, divagar, propalar
e ousar definir o destino humano,tão coerente como possível, que almejamos, ainda indefinido!.
É com a palavra e o exemplo que se prega a fé e o evangelho!!! . . .
Na desenvoltura com que ignota e criativa imagem esotérica se engrena,
Na hipotética ilusão da coerência, pertinência e lógica da função gramatical, em que a
palavra seja o instrumento comunicativo sagrado, a serviço do BEM evolutivo civilizador,
embora às vezes traga consigo um sentido perturbador, que cabe a cada um distinguir,
cirandar, separar o joio do Trigo,
O Sonho probo da palavra honesta, o decoro, a decência, o sentir legítimo,
unindo-seindelevelmente em sincera expressão de natural autenticidade,
da boa e clara manifestação do pensamento, compreensão e entendimento, que infelizmente
não tem havido, não se tem visto, inconfundivelmente em perenidade, sem sub reptícios
exercícios de linguagem suspeitosa,
praticamente,desde os tempos da Torre de Babel,
fazendo-nos abrir a boca fastidiosamente.
Mas, sejamos generosos, bondosos conosco mesmo, permitamo-nos sonhar,
sondar por um relâmpago de tempo e inspiração,
um sonho tão bem sonhado pelos que sabem sonhar, que nos
impregne de ternura,desvelo, mesura,bondade, racionalidade evolutiva civilizadora
a entrelaçar-se, a imiscuir-se na infinita e profunda contemplação da ação criadora dos milênios,
sem permitir-nos medir essa inestimável grandeza com a vulgaridade material
do comuníssimo instrumento calculador denominado trena, a medirmeras vantagens,
egocêntricas, materiais, pretensões e vulgares demandas “involutivas” do nefasto atraso,
da estatura morale ética de nossa ainda imberbe humanidade ,acompanhados das
considerações Republicanas e divinas do BEM COMUM, mas
sobretudo, sem ilusionismo a esfumar-se no tempo, a desanuviar-se,a transcender e
florescerna paisagem bucólica de uma tarde amena,
Cheia de verdade, plenitude, candura,desvelo
a tornar possível o olhar irrestrito de amar o amor, de exercê-lo, de praticá-lo evangelicamente
como preceitua o Sermão da montanha,
ao poder enxergar, visualizar, lobrigar verdade sublime, na silhueta e contorno das montanhas
recortadas contra desmaiado azul celeste,de um céu semeado de algodão em nuvens de paz, um
Sol essencial, imprescindível, brilhante e acariciador, irradiando o longínquo poente
que enche de raios refulgentes a espargir fotossíntese, alimentadora da vida, vívidas cores vitais,
profusão exuberante em diferentes matizes de verdes, amarelos, marrons e medianos tons,
aves, aves aos montões, as mais diversas a estenderem-se sobre toda a terra, onde correm rios
caudalosos, riachos e córregos cantantes, que se visualizam, lentos ou rápidos, cachoeiras
ou corredeiras a buscar o caminho do imenso mar, onde a mesma vida pula e galga obstáculos
com veemência indizível,
o incomensurável firmamento a esconder estrelas infinitas, mistérios a inspirar poetas, o luar, a
brisa, o aroma, o liberado tatearem rugoso casco de uma árvore centenária das florestas
imensas,o apreciar a surdina vital em que a vida explode,
que em silêncio simbólico imensurável, simultaneamente se expressa e se realiza,
sem nos perguntar, inquerir, indagar, nem esperar de nós a mínima resposta,
a tudo assistindo sem se queixar, suplicar ou protestar por recebidos maus tratos.
Esse eterno feérico brilhar com que a natureza acena,
Aí, na introspecção, em silêncio, em pureza e perceptibilidade do honesto sentir,
vai descobrir-se o valor da cena,
vai dar-se sentido ao vocábulo, ao seu significado e transcendência,
ao sentir verídico transcendente e substancial da palavra,
A incomensurabilidade, a imensidão, a claridade, a descrição perfeita da palavra proba, honesta,
Certa, a intuir, a perceber, a conceber, a conscientizar, a descrever, a sensibilizar dignidade,
Plenitude, autenticidade, respeito, transcendência irrecusável e plena !!! . . .
Cabreúva, 18/5/2014
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