Erasmo Figueira Chaves
Ansiando Apenas “PENSAR”, “DIALOGAR”, “CONFABULAR”:
Não
me refiro com esse título ao modo
de proceder de uma pessoa atrevida, insolente, rude, relapsa,
egocêntrica e calculadora, sem qualquer noção de necessária cerimônia
para com conceituados convivas ou interlocutores, um
petulante, impertinente, inoportuno, ofensivo, um ousado indigente, um
bronco carente de recursos intelectuais ou materiais sem personalidade
própria, humanamente despreparado para a função humanitária, sem
qualquer noção de “BEM COMÚM” algum, que entretanto, tenta projetar-se
numa
sociedade hodierna a mendigar sub-reptícia e imerecida acuidade ou
benesses, unicamente para si, para o seu destreinado “Ego”, buscando
reconhecimento e atenção ou mérito, (“inexistente”) ao não lhe serem
reconhecidos o que “atrevidamente” considera “legítimos”
e merecidos, como verdadeiros, os
benefícios ou qualidades manipuladas e ilusórias, na análise egoísta das
aparências, pretensões e atitudes.
A vida, como se
apresenta, constitui ainda mistério científico de dimensão incomensurável,
difícil de deslindar-se - lhe o sentido e
compreender-se claramente, objetivamente, no estágio atual da percepção
consciente inteligente do SER
evolutivo HUMANO, tão desumano afinal como se comporta, tão dependente
de circunstanciais situações políticas erráticas, nessa incivil
civilização,
quanto à específica razão do porquê de
sua simples realidade e vaidade, escolhendo esperançosamente, votando em
sistemas, sem saber necessariamente as razões e consequências de sua
escolha, nesse cínico, enganoso, arraigado e possessivo egocentrismo, se
não esgravatarmos
ou enveredarmos pela razão especifica transcendente da espiritualidade, a
mera
enraizada crença, ou crendice popular infundada e abusada embora, seja a
convicta, profundamente religiosa, ou a evolutiva razão antropológica
social, cultural ,
filosófica, o estudo diferencial das
crenças, das pesquisas científicas, manifestamente expressas na ânsia e sonho de crescimento e superação, aperfeiçoamento das faculdades
inerentes tele intuitivas da inteligência e razão, a natural obediência a princípios
e valores transcendentes, atribuídas por Deus na criação, com sincera e
expressiva humildade, dignidade, convicção, interpretação
antropomórfica necessária, em singela ou sofisticada “soberbia”
instigante, convicta e, não apenas cegamente obediente a simplórios
instintos primitivos egocêntricos, imediatistas, o egocentrismo sem
máscara, o centro de si mesmo.
Sentindo em profunda autenticidade e
responsabilidade, a cada passo , episódios que se nos tenham apresentado no fabuloso discurso neste infindável palco teatral da vida, imagino um personagem que se tenha
corajosamente “atrevido” a enfrentar
desafios, incógnitas, sincero ao analisar ignorâncias pessoais e
coletivas, subterfúgios, no
estágio evolutivo cultural circunstancial circundante, durante a
existência vivencial
inteira, sem, contudo, não obstante, possuir a fantasia ou
fabulosa “Arte exímia” de hipotético experiente e consagrado
ator, a atuar para uma plateia plena de cômoda hipocrisia e cinismo, em
passivo disfrutar ou balofo sentir, a fazer de conta, mas compreendendo
que na autenticidade do personagem pensador e ator, seja pessoalmente
ou na legítima proposição do privilegiado ator, na vocação e intenção
plena de “VERDADE” intrínseca, do que fosse,
tenha sido , seja bom ou nefasto, ou na evidencia e grandiosidade do
que é são, benéfico comunitariamente, generoso,implicitamente humanitário, honesto,
digno, consciente ou conformado ao SER em digna e
concreta
evolução às primitivas origens, sendo ainda como é no entanto,
ignorante de muitas coisas
e sobretudo, todavia ansioso por saber, indagar, perscrutar, sem
exibicionismos fantasiosos, habituando-se paulatinamente
a ser apenas quem é, um SER responsável, sem subterfúgios, na intimidade
do seu silêncio, no diálogo consigo mesmo, pondo ponto nos is,
analisando os xis , quando
possível, sem tirar nem pôr, descartando
educada e racionalmente, na medida e extensão do seu ávido entendimento, advertindo transcendentalmente o que não preste ou não
sirva a bons desígnios ou propósitos de sanidade e crescimento integral, um BEM
que não é só seu, mas é COMUM aos seus semelhantes, pondo na medida do possível, em seus devidos
lugares, na mente e coração, o que tenha
sido porventura comprovadamente edificante, construído
em bons alicerces, através da EDUCAÇÃO, em todos os principais
sentidos, a perceptividade à visão, ao tato, ao olfato, à audição,
gustação, sobretudo aos princípios da intelectualidade orientadora da
moralidade,
ética, fatores
fundamentalmente estruturadores do caráter, da EDUCAÇÃO, EDUCAÇÃO,
EDUCAÇÃO DO CARÁTER, em tranquilidade de propósitos, sem aceitar,
suspeitar, desconfiar ou acatar provocações, duelos
estéreis, montanhas intransponíveis, cavernas de hipotéticos mundos
desconhecidos, sem buscar intensamente e proporcionar-se a devida
preparação holística, abarcante, totalizante, sem desafios a áreas a
que não tenha estado prévia, devida e primeiramente
preparado ou vocacionado, não obstante, e pragmaticamente predisposto à
investigação, sem que se tivesse conspicuamente exercitado,
treinado fundamentalmente para “domar”
o “Eu”, esse ego sempre solícito e ávido, que em sua imatura infância, naturalmente desconhecia-lhe a intrínseca definição, nem o que seria hipoteticamente o mais difícil ou fácil; poder antever sucesso à intenção de “domar”
esse suspeitoso animal bravio, incontrolável, soberbo, imperial,
majestoso e rápido em suas inflexões egocêntricas e empedernidas, ou a
rejeitar bravamente a imposição de um condicionamento amorfo, sem forma
determinada, sem quaisquer freios à suposta inteira liberdade, sem
controle de comportamento responsável, ante a dúvida de submeter-se, à mansidão coletiva desejável da lei,
necessária afinal à normalidade do diálogo, da razão humanitária atual, pretensamente
evoluída, que afinal a recomenda juridicamente e a mediata imprescindível “sensatez” intuitiva o exige, como jurídica e erraticamente
já se exigia ao tempo da escravidão, ao impor-se ao tronco, ao chicote e ao férreo castigo, o pobre inocente escravo, sem meios de compreensão ou compensação
dessa brutalidade e injustiça, apenas sentindo-a na
pele e certamente na psique, na alma, sem com isso entretanto, se conseguisse apagar os resquícios da dignidade inata, efervescente, em ebulição no escravo
castigado, por bronco que acaso fosse, mantido nessa agrura, na aspereza da
parvoíce, o desrespeito radical à dignidade humana, à
inteligência e sofrida sensibilidade nada fictícia, inerentes à
humanidade irrestrita, a qual jamais faltou a quem “atrevidamente”
pautou a sua vida
na VERDADE intrínseca real do que fosse a misteriosa VIDA, no esforço do
braço realizador, na dignidade profícua
expressa no trabalho e suor suado a ESCORRER SEM LIMITES, no milenar e
secular processo
ciclópico contínuo das aspirações, contra as absurdas diferenças de
trato na desigualdade e na injustiça, contra a opulência,
contra a opressão de toda a ordem, contra todas e quaisquer
indignidades, as limitações da crassa ignorância e
desconhecimento, que a mera e dócil obediência
sem a insolência do “impertinente ATREVIMENTO libertador,” realizador,
desafiador, domador, expressivo, aperfeiçoador, de um
ego incrustado, defeituoso, imperfeito, embora essencial à dignidade
humana de seres humanos, que não são fantoches ou marionetes, sem
qualquer discricionário conceito de particulares interesses materiais
imediatos, sem qualquer noção real, inicial, conceitual, gramatical,
de BEM COMUM HUMANO, mas humanitário, fundamentos essenciais da
transcendência, no seu
íntimo e no íntimo de seu manipulador aproveitador, mas sem dúvida
motivador profundo INTUITIVO, presente, “atrevido”,
individualmente testemunhante,
finalmente salvador, dignificante, projetando sonhos, voos,
conquistando lutas e patamares através dos milénios de razoabilidade
libertária,
igualitária, literária, concreta, fraterna e humana.
Erasmo Figueira Chaves
Cabreúva, 13/5/15
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