Posse do Presidente Benedito Cabral

A Academia Paulistana Maçônica de Letras realizou sessão solene de posse do Presidente Benedito Cabral, no dia 16 de julho, às 10 horas, na Avenida Paulista, 2001 - 13º andar, em São Paulo.
Almoço de Confraternização no Restaurante Picchi, Rua Oscar Freire, 533.

Posse Novos Acadêmicos

Álbum de Fotos do evento em comemoração aos 17 anos de fundação da Academia Paulistana Maçônica de Letras e da posse dos acadêmicos Luiz Flávio Borges D'Urso e José Maria Dias Neto.
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quarta-feira, 1 de julho de 2009

CONFABULANDO SOBRE DIGNIDADE, CIVILIZAÇÃO

Erasmo Figueira Chaves


No quadro político que nefasta, ansiosa, ou quem sabe esperançosamente, se desenha, ocorrem-me candidamente algumas perguntas e questionamentos que comparto com amigos ou quem porventura possa generosamente elucidar-me, em diálogo perscrutador: no simples dilema, por exemplo, que tanto motivou a Sócrates, o grande mestre, e pensador:  “Salvar a vida para vivê-la errada”?...   “Salvar desgoverno porventura, para seguir desgovernado”? Ou apenas pretenderia testemunhar mostrar, gloriosamente, valores diferenciais humanos, da “PESSOA HUMANA”, com seu extremado exemplo, de um SER evoluído, dignificado por princípios, jamais por interesses escusos, por convicção cultural e espiritual, de um  porquê da VIDA, que sentido dar-lhe, qual significado lhe estaria implícito, qual vereda valeria vivê-la sagrada? Definir vida transcendente à meramente biológica, instintiva e egocêntrica, era para ÊLE, nesses primórdios filosóficos, como de fato se impõe ante a racionalidade ou transcendência, o que é,  inevitável, no processo responsável de PENSAR, fenomenologia que nos projeta à consciência de EXISTIR, (Imanuel Kant)  imprescindivelmente necessária à civilização, à evolução,  à DIGNIDADE, que acaso nos imponha a evoluída razão. É Sócrates, quem certa e luminosamente Inspira,   a  seu fabuloso discípulo Platão,  a substanciosa ideia da República e do “BEM COMUM”. Tantos séculos se passaram em exemplos de profunda consagração e frustrações políticas e até religiosas, quando uns quatrocentos anos depois, surge a asseveração, desta vez teológica, crença fora do alcance da ação e do conhecimento, puramente religiosa, em Cristo, com o mandamento transcendente a iluminar, humanizar, a civilizar,  salvador: “Haveis ouvido, que foi dito: - olho por olho, e dente por dente -  (a antiga lei de Moisés) mas,  um novo mandamento vos dou: Amai-vos uns aos outros”. Eis a interdependência civilizadora.  Eis o Amor. Em essência está falando da Evolução Humana, necessária à dignidade e à civilização, à interdependência salvacionista, no testemunho, na ação, no aqui e agora, sem egos empedernidos, intransponíveis, visionando paz e  amor exemplar autêntico, transparente, transcendente.
Sob a acusação de corruptor da juventude, por amorosamente tentar ensiná-la a PENSAR, responsável e coerentemente, independentemente, persistentemente, dialogando, Sócrates achava que as ações más e erradas, o errático, a empedernida e obtusa teimosia, originavam-se da IGNORÂNCIA e do fracasso em descobrir por que as pessoas agiam dessa Forma.  O seu método conhecido como socrático, se expressava no Diálogo. Na argumentação que consiste em contínuas perguntas e questionamentos às eventuais respostas, para encontrar-se com a razão transcendente.
Depois de seu discurso sobre a “imortalidade da Alma”, Sócrates, toma altivo e sereno, de forma decidida,  a real e simbólica taça com a cicuta.


Se aos meus 85 anos,
Tentando admitir que a vida é curta,
Que pensarei aos 100, ainda temporãos,
Sem o dilema de Sócrates, a tomar Cicuta? . . .

Teve que tomá-la, por Amor
À virtude, a testemunhar que a havia pouca,
A tentar edificar dignidade, no humano andor
Evolutivo dos milénios, a construir, não razão oca

Mas a inseri-la por coerência
Com o que sempre predicou,
A tentar construir um mundo de decência,
Razão e Dignidade Humana, à qual se dedicou.


Pois as leis a que ajudou e, edificou,
Assim previam, reclamavam por moralidade,
E, mesmo que já fosse adiantada sua idade,
Não as evitou, nem à pena prevista se privou.

Pois dessa pedagógica posteridade,
Em teoria e prática, dela se impregnou,
Símbolo incomensurável da VERDADE,
COM QUE À VIDA transcendente, dignificou!!! . . .


13/4/2016

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