Erasmo Figueira Chaves
Um homem vestido de branco,
O Novo Pontífice eleito,
Inspirado em Francisco de Assis,
Falou à humanidade esta manhã de domingo
Da janela do palácio pontifício
na Basílica de São Pedro.
Falou-nos de misericórdia
E de Perdão,
De pobreza, obediência e ação exemplar samaritana,
Que foi a vida espartana,
De austeridade, rigor, amor à causa do próximo,
De Francisco de Assis,
Nascido lá longe no século XII.
Misericórdia e Perdão !!! . . .
Soa no entanto como “novidade,”
Pela boca de Sua SANTIDADE.
Temas áuricos, básicos
Da velha cristandade,
Que a humanidade em evolução,
Ainda não entende dar absoluta prioridade ou urgente razão,
Decorridos tantos e tantos séculos . . .
Humanidade, oriunda afinal da
Mais concreta animalidade,
Da ameba, do hominídeo, dos ancestrais fósseis, do australopiteco, do homem de neandertal, do homem sapiens
Que convenhamos, de “sapiência” não tinha nada, mais que sua expressão indagativa.
Era no entanto o começo do grande desafio histórico: o vislumbrar a busca da dignidade humana
Continuando assim sua marcha evolutiva
sem abandonar dos séculos o ego primitivo e cru
De sua primária e atávica herança.
Buscando afinal abrigo, misericórdia e porvir,
Explicação carinhosa quanto caridosa
No poder Divino, na busca de outra real autenticidade,
Na ânsia ética
Por luz e verdade
De Paz e bondade,
Consolo, carinho e fraternidade,
Reacionária sem dúvida àquela ancestral,
Oposta indubitavelmente à sua própria transformação,
Propalada alvoroçada e esteticamente adorada
Mas não humildemente sentida, cultivada,
Ao ponto de ser obedientemente seguida,
Eticamente compreendida,
Exemplarmente vivida,
Seguindo o Grande mandamento
Símbolo máximo do Cristianismo,
Ouvido ansiosamente por todos
Os presentes e através dos séculos todos os ausentes
ao Sermão do Monte,
em linguagem teológica:
A esperança de Salvação!
Pronunciado vigorosa e bondosamente,
em alto e bom som
pelo Mestre e Senhor da Eternidade
Jesus Cristo:
“Haveis ouvido que foi dito, olho por olho e dente por dente,
Mas um novo mandamento vos dou: AMAI-VOS UNS AOS OUTROS”. . .
E a esperança na boa nova ficou por aí,
No ouvido e não no coração,
Na BOA AÇÃO !!!
Até que a inspiração de Francisco nos desperte:
Misericórdia, ação e Perdão ! . . .
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