Olhe bem para estas duas fotos de ontem. Que grandes lições técnicas você colhe?
Multidão aguarda na fila dos orelhões, em Tóquio
Fonte: Estadao.com.br (2011)
Pessoas formam fila para usar telefone público em estação de trem
depois de serviços metroviários e elétricos serem suspensos
Fonte: Folha Online (2011)
ACONTECEU A PROFECIA DE MATRIX
Neo no telefone analógico
Fonte: G8ors (2011)
Tive a idéia de escrever este post, logo que vi ontem estas duas imagens (bem irônicas por sinal) que me fizeram lembrar do filme Matrix que faz crítica ao digital / virtual: “Os rebeldes só conseguem fugir de Matrix, através de telefones analógicos. Isso quer dizer que telefones analógicos são mais naturais que os digitais (que são mais facilmente manipuláveis)” (EGOSHI, 2011).
Pessoas tiveram que ficar na fila para falar nos orelhões porque celulares deixaram de funcionar. Celulares deixaram de funcionar porque sistemas de informação deixaram de funcionar. Sistemas de informação deixaram de funcionar porque a energia elétrica foi bloqueada, por questões de segurança e / ou porque sua infra-estrutura de distribuição foi avariada.
Daí, registro aqui, as grandes lições que devemos aprender de coisas ruins que acontecem por aí (como aconteceu ao Japão no dia 11 de março de 2011):
1ª. Não depender totalmente das tecnologias da informação e comunicação. Tenha sempre contingência com uma ou mais tecnologias alternativas. E não descarte a tecnologia artesanal. Muito menos o seu simples raciocínio lógico-analítico funcionando sem o auxílio de quaisquer tecnologias. Porque dependendo só de tecnologias da informação e comunicação, você poderá vir a ser vítima de fortes terremotos. Lembre-se que tecnologias da informação e comunicação podem engessar e tornar inflexível uma empresa – e assim, abrir fendas e rachá-la em pedaços. Daí, um simples abalo sísmico poderá tornar-se um forte terremoto em cadeia sob um efeito dominó.
2ª. Tomar cuidado com tecnologia que depende de outras tecnologias para funcionar. Tecnologias que fazem funcionar uma outra tecnologia poderão vir a ser ondas altas e baixas de marés que poderão se transformar em tsunamis altamente afogadores.
3ª. Considerar que, a tecnologia analógica poderá em última instância, ser a saída para a recuperação de dados para novamente reconstituir o mundo real e assim, mais uma vez, oferecer disponibilidade de serviços com tecnologias da informação e comunicação. É por isso que japoneses, sabiamente, ainda mantêm o telefone analógico ao lado do telefone digital.
4ª. Conscientizar-se de que muito embora a ciência e a tecnologia tenham por demais progredido, jamais sobrepujarão a natureza. A natureza que é analógica é e sempre será, a mais forte.
5º. Jamais esquecer que, “quod me nutrit, me destruit (o que me nutre, me destrói)”.
(EGOSHI, 2011)
Assim falou Nietzsche (1844-1900)!
Referências Bibliográficas:
G8ORS. Neo no telefone analógico. http://g8ors.blogspot.com/2009/11/ayaphone-home_03.html. Acesso em 16 mar 2011
EGOSHI, Koíti. Minhas Reflexões sobre Matrix. Disponível em <http://www.cienciadaadministracao.com.br/abertura.htm>. Acesso em 12 mar 2011.
ESTADAO.COM.BR. Multidão aguarda na fila dos orelhões, em Tóquio. Disponível em http://blogs.estadao.com.br/olhar-sobre-o-mundo/terremoto-no-japao/. Acesso em 11 mar 2011.
FOLHA ONLINE. Pessoas formam fila para usar telefone público em estação de trem depois de serviços metroviários e elétricos serem suspensos. Disponível em http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/2364-terremoto-atinge-o-japao#foto-46617. Acesso em 11 mar 2011.
WACHOWSKI, Andy & WACHOWSKI, Larry. The Matrix. Los Angeles: Warner Bros, 1999. Filme.
Olá, não sei se o blog ainda é ativo. Mas onde posso encontrar a citação "quod me nutrit me destruit". Tenho feito algumas pesquisam que não me levam a lugar algum.
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