Tema 1:
Quem do passado pretérito
vem com zelo a labutar
abrindo seu peito emérito
a tentar certo acertar,
também é quem tem o mérito,
a certeza lapidar,
sem sofisma e sem inquérito,
de amar e ter o que amar
Tema 2:
Quem é livre para errar
livre o é para aprender,
é livre para acertar
livre pois para o dever
e mais ainda pra amar e tornar Vida um Prazer ! . . .
Tema 3:
Não basta o aspeto estético,
a aparência pulcra e sã,
Importante é o sentir ético,
a palavra, a ação cristã
que cura e afasta o tétrico
pensar que a vida é tão vã,
sem haver sistema métrico
que a difira da pagã,
do egoísmo patético,
de ironia charlatã ! . . .
ERASMO FIGUEIRA CHAVES
3º Presidente da A:.P:.M:.L:.
CABREÚVA, 13 - 10 – 2000
CABREÚVA, 13 - 10 – 2000
VÃO ESTAS ELOCUBRAÇÕES INSPIRADAS E SENTIDAS PELA PROXIMIDADE
DO NATAL E ÚLTIMO FIM DE ANO DO MILÉNIO
Humildade com que a Alma agradecida
Louva fé e Graça recebida
Mesmo que o local em que se expresse a Vida
Seja palha humilde, rude ou simplória guarida
Humildade que trouxe à humanidade
A par da luz, Amor, outra visão . . .
Aquela em que união e igualdade
Mudam dente por dente em compaixão
Humildade sensível à razão
Ao filtro criador do coração
Capaz de aceitar ser no perdão
Que se constrói sublime galardão
O dos valores perenes,
o de participar, colaborar,
eis o brasão,
transformando com exemplo coerente e sentido de missão
vetustos e arcaicos costumes de deletérea ação, - ainda enrustidos na prática de crença e ego atávicos
como se fossem rosas ou lírios
em botão, -
buscando contrapô-los , construindo o ideal de um Mundo Novo, sem ódio,
sem senão,
criando-o, guiado pela
mão
Daquele que afinal nasceu no
chão . . .
em extrema humildade e compaixão . . .
Não havia lugar para nascer
Não havia lugar na hospedaria
E como não havia o que escolher
nasceu o bebêzinho na estrebaria . . .
COM OS VOTOS DE FELICIDADE E VENTURA NO NATAL E ANO NOVO, COMO EXPRESSÃO DAS ASPIRAÇÕES, VERDADE, AUTENTICIDADE E SENTIR DE CADA DIA, DOS VOSSOS AMIGOS
B E A T R I Z E E R A S M O
S A U D A D E
Esta palavra “saudade”,
que a lusa língua domina
e a distingue, na verdade
doutamente nos inclina
às sutilezas da alma,
à vocação de amizade
plena, como simples raridade,
cujo fluir é a calma,
doce expressão da bondade,
o amor, a tristeza, fruir
carinho, beleza,
intimidade, certeza,
ansiedade, grandeza,
um sentir puro e estranho,
tal dimensão e tamanho
que outra língua não ensina
nem tem a expressividade
ou a concisa lição.
Por isso é que nunca deixo
de cultivar amizade,
na mais pura singeleza,
- com brio, com qualidade
e sentimentos perfeitos,
com toda a profundidade,
delicadeza, resguardo, -
sem o que, só o desleixo
e a ausência de humano anseio,
falta à espontaneidade,
à sutileza, à verdade,
e explica a temeridade
que é viver sem o receio
de ao descuidar da bondade
menosprezando amizade,
desprezar língua e saudade ! . . .
ERASMO FIGUEIRA CHAVES
CABREÚVA, 22/2/9
M Ã O S
Mãos não mentem
quando moldam
quando esculpem
quando instigam,
quando mostram,
quando assentam
tateando a forma afeita
ao espaço indivisível,
à dimensão sem menção
por tão grande e indizível;.
mãos não mentem
quando afagam,
quando tentam,
quando ajeitam,
quando curam,
quando aplaudem,
quando acenam,
quando indicam,
quando aliciantes argúem,
quando afirmam,
quando assentem,
quando intentam descobrir,
o que n’ alma já vem feito;
Quando criativamente
Ao aludir não se iludem.
Mãos não mentem,
Usando melhor o seu jeito,
ao mostrar
mais que perfeito
que Amor
arfando no peito
do autor
ou do
sujeito
tem
arcabouço escorreito
ERASMO FIGUEIRA CHAVES - Cabreúva - 24/9/90
CABREÚVA, 12 / 12 / 1999
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